sábado, 30 de setembro de 2017

A ponte que já não é uma passagem...

... prá outra margem.

Barragem do Pego do Altar (Alcácer do Sal)

Consequência da seca, esta ponte voltou a ficar visível, não após os 19 anos noticiados na comunicação social, mas desde 2000, segundo dados de um comerciante da zona.

Graças à tecnologia digital, a foto levou um "retoque" caseiro, a única maneira que encontrei para tirar os basbaques que acham que a melhor maneira de ver a ponte, é em cima dela, apesar dos avisos.
É incrível como o "tuga" gosta de prevaricar e de se armar em emplastro. Emplastros automobilizados que metem os carros tão em cima do acontecimento (tuga que é tuga, tem de estar em cima do acontecimento), dificultando e, nalguns casos, inviabilizando qualquer tentativa de obter uma boa perspetiva da ponte, sem ter que levar também, como recordação, um monte de "chanatos" estrategicamente estacionados, de modo a que entre eles e a dita ponte, não seja necessário andar mais que 5 metros a "butes".
Com tanto terreno seco para estacionar e aproveitar para desentorpecer as pernas e os "aleijadinhos" estacionam quase na pouca égua que resta.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Agora não me posso espreguiçar...

Fui ao médico e queixei-me de cãibras nas costelas. Fiquei assim na semana passada, depois de andar uns dias adoentado e com muita tosse. Quando tento lavar as costas, ou quando me espreguiço, dá-me "a entrevadinha" e ponho-me aos berros.
O "Dótôr" diz que são mialgias não sei de quê e queria-me receitar comprimidos com magnésio, mas disse-lhe que já tomei uma vez e prendeu-me os intestinos.
- Então vou-lhe receitar uns para tomar só em situações de SOS. Não percebi se vou a correr tomar um comprimido quando me dá "a entravadinha", ou se tomo uns quantos durante esta fase mais aguda.
Cheguei a casa e fui pesquisar. Adalgur N é um relaxante muscular composto por Paracetamol e Tiocolquicosido. Quem ficava tiocolcoCOSIDO era eu, porque aquela mistela tem mais contraindicações do que remédio para matar baratas. Nem vou aviar a receita. Vou ter cuidado para não fazer "contorcionismos" no banho e evitar espreguiçar-me, que é quando me dá mais vezes "a entrevadinha". eheheh

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Assim estou mais descansado

Imagem e notícia do DN

Confesso que andava preocupado que os negócios com Angola levassem os tribunais internacionais a condenarem Portugal por associação criminosa. eheheh

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Olhá novidade...

Notícia e foto do DN
A mim esta notícia não traz nada de novo. Há muito tempo que a ciência usa a estrutura vegetal para a reconstrução de órgãos humanos, com uma considerável taxa de sucesso.
Os EUA são pioneiros no implante de brócolos e couves-flor no lugar do cérebro. O Trump, por exemplo, tem uma couve-flor implantada na "caixa córneana" e mesmo na Europa, há imensos pseudointelectuais com influência nos desígnios do planeta, cujas ideias são autênticos molhos de brócolos. eheheh

domingo, 24 de setembro de 2017

Como é que este "triste" ainda cai nestas...


Cá pra mim, que não sou de intrigas, conhecendo a veia boateira do Passos Coelho, que anda ávido de melodramas desde os falhanços de pontaria nos casos dos suicidas e da lista dos mortos em Pedrógão, o PS tratou de lhe "plantar" esta notícia no quintal e o asno caiu que nem um patinho. ehheheheheh

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Ando assim...

Há dias em que o meu cérebro quer processar tanta informação ao mesmo tempo, que acaba por bloquear.
Aí eu fico uns dias com a sensação de que já morri mas ainda não recebi o aviso.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Só servem para estorvar

Começou ontem, oficialmente, a colocação de cartazes da campanha eleitoral, à entrada das rotundas e cruzamentos, o que só vem agravar a má visibilidade crónica desses locais, que já estão a abarrotar com publicidade, o ano inteiro.
A partir de ontem o problema agravou-se e, nalgumas rotundas e cruzamentos, para conseguirmos ver se vem algum veículo, temos de meter a frente do nosso carro, às cegas, sujeitos a provocar um acidente.
Acho que os partidos políticos deviam ter mais respeito pelos cidadãos que pretendem enganar com as falsas promessas do costume e, em vez dos cartazes ao nível da visão dos condutores, penduravam candidatos de carne e osso, pelos sovacos, a três metros de altura, para ficarem bem visíveis à distância.
Já sei que me vão dizer:
- Opá, mas com estes calores que têm feito, ao fim do dia os gajos estão todos mortos e começam a cheirar mal…
- Não faz mal. Eles são muitos e quando começarem a cheirar mal, tiram-se aqueles e metem-se lá outros.

domingo, 17 de setembro de 2017

Ócio a mais, ou PDI?

A meio da tarde adormeci no sofá e, quando acordei, eram 7:20 da manhã de segunda-feira. Mais uma noite em que não tinha ido para a cama e, com o telemóvel esquecido na bolsa, não tinha ouvido o despertador. Sem fazer muito barulho para não acordar a "Bela Adormecida", fui à cozinha tomar os medicamentos e antes de tomar banho, fui à varanda ver como estava o tempo.
Estranhei haver tantos carros no estacionamento, numa manhã, quase madrugada, de segunda-feira, mas continuei calmamente às voltas com a papelada, porque tinha consulta marcada e ainda não tinha decidido se ia ou desistia, uma vez que estou automedicado, sinto-me melhor e acho que já não adianta ir ao médico.
Mas, inconscientemente, aquele movimento na rua àquela hora da manhã, deixou-me com uma sensação estranha. Por isso voltei à varanda e reparei que, apesar da claridade, não havia sol a nascer e continuava a haver gente na rua e carros mal estacionados, nada normal para aquela hora. Quando entrei a "Bela Adormecida" saiu do quarto, sem o ar apatetado do costume (porque ela levanta-se antes das 8 horas, mas só acorda ao meio dia eheheh) e quando lhe perguntei as horas, confirmou que faltava um quarto para as oito. Um quarto para as oito da noite de domingo.
Conclusão: andei meia hora às voltas pela casa, convencido que era manhã de segunda-feira (tomei os medicamentos e tudo eheheh) e, afinal, ainda era domingo à tarde.
Por coincidência, nesta altura do ano a claridade às 7 horas da manhã, é idêntica à das 19 horas, o que contribuiu mais para a confusão que ia nesta cabeça. eheheh

Quem disse?

Quem disse que as mulheres são complicadas e difíceis de consolar?


A esta basta um passeio pela cidade, numa bicicleta sem selim, para irradiar felicidade.

sábado, 16 de setembro de 2017

Ócio

Ócio não é uma doença dos "óços". Isso é osteoporose eheheh.
Ócio é um gajo não ter nada que fazer, nem vontade de fazer nada.
É neste estado que me encontro, muito por culpa da "carraspana" que não me deixa sair de casa desde terça-feira. E quando não tenho nada que fazer, nem possibilidade de fazer algo de útil à sociedade, faço aquilo que muita gente faz: ando por aí a vasculhar blogs e páginas do Facebook (mesmo aquelas que as pessoas fecham a cadeado) e, sobretudo no Facebook, encontramos cada coisa mais estranha que nem sei como é que o mundo ainda não virou hospício, tal é a quantidade de malucos que andam por aí à solta.
Além de malucos, também se encontram patetas (e patéticos lol) que construíram uma imagem tão celestial do mundo, que passam a vida a publicar e a partilhar frases feitas que são a coisa mais idiota que se pode imaginar.
A coisa adquire foros psiquiátricos quando damos por pessoas que "conhecemos" como "os agarradinhos" à fé, a publicarem merdas que nunca praticaram na vida. Aliás, eu acho que muitas dessas pessoas, têm tão pouca fé nelas próprias, que tiveram que se agarrar à fé que lhes impingiram umas velhotas desocupadas que, a todo o custo, na rua tentam meter conversa connosco, enquanto quase nos enfiam nas ventas um panfleto com a vida de Cristo contada de trás para a frente e vice-versa.
Uma vez criei uma conta no Tumblr, mas depois de verificar que o grande sucesso daquilo, é "reblogar" esse tipo de frases feitas, desisti, porque eu sempre gostei de escrever e publicar as minhas próprias parvoíces.
É tão bom termos a liberdade de sermos parvos por conta própria, que só quem não tem capacidade para pensar pela sua cabeça, se dedica a partilhar as parvoíces dos outros.
"Prontes", vou só "ociar" mais um bocadinho para o sofá, que esta cadeira faz-me doer o fundo das costas. :) 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Oh careca, tira a boina

Ela está a ficar careca.
Ela foi o ser mais vil, odioso e abjeto que eu "conheci" ("conheci" entre aspas, porque só a "conheci" na internet). Deve ser castigo do diabo, porque Deus não ia perder tempo com uma cadela tão reles.
Ela gosta de se apresentar com uma imagem de gajo, mas as opções sexuais de cada um, dizem respeito a cada um. O que me dá que pensar (nem por isso eheheh), é porque carga d'água um "femeo" na casa dos 20 anos, insiste em colocar no perfil do Facebook, fotos com aspeto de marmanjo de 40 anos, ainda para mais agora que está a ficar careca.

Ficas muito bem careca "miga". Só te falta o palito ao canto da boca e uma mão a coçar os tomates que, dadas as limitações anatómicas, tinham que ser os tomates de alguém que fosse a passar.

Só conheci duas gajas carecas. São minhas vizinhas e uma é a Isilda careca, a outra é, simplesmente, "a careca". Curiosamente, a uma escala diferente do exemplar aqui referido, ambas são dadas à maledicência, o que me leva a pensar que uma certa propensão para o mexerico, está relacionada com o gene que provoca a queda de cabelo nas gajas.
Agora também não posso dizer que conheço três gajas carecas. Quanto muito, conheço duas gajas carecas e um "híbrido" careca. ahahahah

Ó careca ó careca tira a boina,
Que é moda andar em cabelo.
Com a breca tira a tampa da careca,
Que a careca não tem pelo

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Começou mais cedo...

Estou oficialmente doente. Este ano nem vou a tempo de levar a vacina. Há dois dias que comecei a ter dores de garganta e tosse e hoje tenho ardido com febre.
No inverno passado comecei dois dias a seguir ao Natal e passei o mês de janeiro de cama. De dois em dois dias enchia-me de coragem e ia andar, mas ficava pior e caia outra vez na cama. Foi assim o mês de janeiro, mas agora o verão ainda não acabou e aqui estou eu a rebentar com tosse e a febre não quer baixar. Já meti a cinta de gel no congelador, porque é a única maneira de arrefecer a caldeira e dar algum descanso ao cérebro.
Para maior azar, só consegui consulta para segunda-feira... e nem pensem que vou apanhar uma seca no centro de saúde, ou que vou a correr para as urgências.
Estou medicado e uma ida ao hospital, pode ser pior.
Vou-me deitar.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Só produtos naturais


Quero deixar aqui alguns conselhos aos adeptos incondicionais dos produtos naturais.

Fumem muitas ganzas.

Snifem muitas linhas.

Injetem muito "cavalo".

São tudo produtos naturais extraídos destas plantas lindas, com provas dadas no campo das medicinas alternativas.

Ninguém consegue imaginar os milhões de pessoas a quem estes produtos já "trataram da saúde". eheheh

P.S. Hoje voltei a ir passear a patuda dos meus vizinhos. Eles ficam encantados e nem preciso de dizer nada. Basta abrir a porta do armazém e levá-la.
Foi horrível. Acho que me vou afastar. Não quero mais cães na minha vida.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Até a roubar somos pelintras

Esta imagem foi tirada no wc de um Pingo Doce. Pelo cadeado, parece que "o gang do papel higiénico" passou por lá.

Que tristeza. Estes ladrões ridículos, são a imagem da pelintrice que reina em Portugal.

Uma pessoa que se sujeita a ser enxovalhada por roubar papel higiénico dos wc's públicos, se fosse apanhada devia ser condenada a comer um cagalhão ao pequeno-almoço, durante cinco anos. eheheheh

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Dava vontade de rir, se não desse vontade de chorar

Há muito tempo que deixei de acreditar nos políticos e se ainda perco alguns minutos a ouvir debates, é porque, ou não está a passar nada de jeito na televisão, ou porque gosto de fundamentar as minhas críticas. Falar só por falar, é para papagaios. Além de que os debates políticos me dão vontade de rir. Também me dão vontade de dar com um pano encharcado em trampa nas fuças dos intervenientes, mas na impossibilidade de fazer justiça pelas próprias mãos, rio-me, porque rir dá saúde e ainda não paga imposto.

Hoje já me ri com os breves momentos dos debates que passaram nas notícias. Num deles, alguns candidatos por Leiria exigiam a transformação da Base Aérea de Montereal num aeroporto. Onde é que eu já vi isto?... ah pois, foi em Beja. Ainda ontem lá estive. É uma dor de alma pensar nos milhões de Euros gastos naquele aeroporto e eu continuo a ir a Beja de carro.
Depois ouvi (porque na cozinha como de costas para a televisão lol) que um candidato a autarca, em Coimbra, também promete um aeroporto. Estes gajos devem ir buscar a inspiração aos bombeiros voluntários. Cada aldeia tem uma corporação de bombeiros voluntários, no entanto o país anda a arder há 40 anos e não há bombeiros que lhe valha. Mas os autarcas são mais finórios e não vão lá só por uns metros de mangueira. Eles querem mesmo é um aeroporto em cada aldeia, de preferência em frente ao quartel dos bombeiros, que é para aterrarem os meios aéreos alugados em Marrocos.

Entretanto, estava a jantar e fiquei a saber que a mulher do Fernando Seara, ex-presidente da câmara de Sintra eleito pelo PSD, concorre nas listas do atual presidente, o ex-CDS Basílio Horta, que há uns anos se mudou para o PS, enquanto o marido concorre a Odivelas pelo PSD. Este casal está mesmo a seguir à risca a velha máxima de que não se devem meter todos os ovos na mesma cesta. Assim, se o marido perder em Odivelas pelo PSD, pode ser que ela ganhe em Sintra, pelo PS. Isto é melhor do que jogar no totobola com triplas. eheheh

Sem planos nem horários

Apesar de ser uma pessoa relativamente bem organizada, nunca deixei de seguir os meus instintos e fazer o que o coração me pede. Mesmo no tempo em que começava logo em setembro a planear as férias do ano seguinte, deixava sempre uma margem para a "loucura" e não raras vezes, acabávamos "perdidos", a discutir de mapa na mão, porque tinha mandado os planos pela janela fora e metia-me por caminhos que nem constavam do mapa da Michelin.
Ontem a filha fez anos e, como habitualmente, a mãe tirou o dia. Só que ontem tinha um trabalho urgente para acabar e foi à empresa sem hora certa para sair.
Chegou por volta das 11 horas, sem termos nada programado. Ainda estávamos a tempo de escolher um sítio para almoçar mas, como já aqui escrevi, no fim deste verão do nosso descontentamento, qualquer lugar que escolhamos, a paisagem limita-se a campos secos ou mata queimada. E aqui na zona não é boa ideia tirar um dia útil para passear, sem corrermos o risco de passarmos longas horas num engarrafamento.
Saímos de casa ainda sem termos decidido e, já na Ponte Vasco da Gama, "atirei" com Évora como hipótese. Ela pegou no telemóvel, marcou mesa no sítio do costume (que está quase sempre lotado) e aí fomos nós. Era um pouco apertado, até porque levámos o carro dela (com um motor mais fraco) e eu não gosto de "apertar" com o pequenito.
Comemos bem, mas à saída ficámos outra vez sem programa. Lembro que estávamos no Alentejo onde as temperaturas não permitem a um mortal andar a passear-se pelas ruas da cidade àquela hora.
Sempre de improviso, voltei a "atirar" um palpite:
- Vamos a Beja passar o resto da tarde com os tios?
- Não é muito longe só por uma tarde?
- É longe, mas se não formos lá, vamos para casa contar "cagadelas" de mosca.
E lá abalámos. Fizemos a surpresa aos velhotes, a paisagem até nem estava tão deprimente como tinha imaginado e valeu a pena. Com aquelas pessoas vale sempre a pena. São muito chatos e, mesmo a meio de uma semana de trabalho, convenceram-se que íamos passar o fim de semana (eheheh), mas ainda são daquelas pessoas genuínas que valem, sobretudo, pela simplicidade. Nunca me arrependo de fazer 400 quilómetros, nem que seja só por um dia com eles, embora na hora da partida fique sempre aquela mágoa de sabermos que a visita pode muito bem ser a última. São pessoas já perto dos 80 anos e a tia também faz parte do nosso malfadado "clube" dos oncológicos. Por isso há que aproveitar o tempo, antes que acabe.
E a minha "miúda" já tem 35 anos. :)

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Foi por isto

Tenho andado tão triste que, comparando com o meu estado de espírito, a tristeza é uma grande alegria (Ana Moura). Já não sei o que fazer para voltar aos dias da piada fácil e de rir de nada, como os malucos. Acredito que, por vezes, a terapia de choque é capaz de fazer mais por nós do que os anti-depressivos. Quando a minha filha de 13 anos (que amanhã faz 35) fugiu de casa, no dia seguinte levei-a a todos os locais por onde a tinha procurado. Locais que não estavam muito longe do caminho que ela seguiu, ou não a conhecesse eu como conheço a palma das minhas mãos (naquele tempo, porque agora já quase não a conheço). Só tive azar de, entre as duas hipóteses plausíveis, ter escolhido a errada.
Dizia eu que já não sei o que fazer. Passo os dias e boa parte das noites, com este nó na garganta e o sentimento de que talvez pudesse ter feito mais pela minha amiga. Tinha jurado a mim próprio que não iria usar imagens da Nina no blog e no Facebook. Queria esquecer. Mas não é fácil esquecer algo ou alguém que foi uma parte importante da nossa vida e não adianta esconder imagens, quando as imagens mentais estão presente a cada hora, a cada minuto da nossa vida. Estou como naquela fase em que o cancro me ocupava todos os momentos da vida. Na minha cabeça não havia lugar para mais nada. Todos os segundos da minha vida eram gastos a pensar que já não me restava muito tempo. Sobretudo, não me restava tempo para fazer planos para um futuro que esbarrava sempre num muro de cimento que me limitava o horizonte e me deixava mais triste que um cão capado.
O que me perturba hoje, não é aquela figura ameaçadora, vestida de negro e de gadanha em riste, que surgia nas noites febris, em pesadelos medonhos, a chamar-me ao fundo de um corredor ladeado de pessoas moribundas. O que me traz nesta melancolia, é saber que a figura da minha amiga, a saltitar entre a erva alta, como que a desafiar-me para uma perseguição onde ela parecia saber que ia levar a melhor, já não existe. Mas eu posso dar-lhe vida através das minhas memórias. Até hoje abria uma foto da Nina como abri o relatório daquela radiografia que foi como que a crónica de uma morte anunciada. Levei mais de um mês a decidir-me pela terapia de choque. Levei mais de um mês a perceber que não são estas imagens que me tiram a alegria de viver. São mais dolorosas a imagens virtuais que o meu cérebro não consegue apagar, do que quantas fotos possa publicar aqui. Face a isto, decidi pôr fim a tabus e fazer de uma das imagens mais felizes da minha amiga, o cabeçalho e a foto de perfil do blog e do Facebook. Talvez quando me fartar dela, já tenha interiorizado que a morte é a única coisa que não é irreversível e da qual nenhum de nós pode fugir.
A morte é a coisa mais natural da vida.

Maria Antonieta...

... não comentas porquê? Perdeste a cabeça na guilhotina? ahahah

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Play a song for me!

Hoje o dia parece não ter fim.
Acordei cedo, mas sem vontade de me levantar. Às vezes acordo assim, com vontade de ficar deitado para o resto da vida. Deixar de tomar medicamentos, deixar de comer e beber e deixar-me ir.
O inferno, onde devo ter lugar marcado, não deve ser pior do que este mundo onde tudo me parece cinzento e desfocado.
Hey! Mr. Tambourine Man, play a song for me! I’m not sleepy and there is no place I’m going to.