quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Também quero ser prioritário

Há algum tempo que me dizem que a declaração multiusos que atesta a incapacidade de 73% que me foi atribuída em junta médica, me dá o direito a atendimento prioritário nos locais designados no artigo 3º do Decreto-lei nº 58/2016. No entanto nunca recorri a tal expediente, até porque faço (fazia) uma leitura diferente do referido parágrafo que diz, basicamente:

2 - Para os efeitos estabelecidos no presente decreto-lei, entende-se por:
a) «Pessoa com deficiência ou incapacidade», aquela que, por motivo de perda ou anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do corpo, incluindo as funções psicológicas, apresente dificuldades específicas suscetíveis de, em conjugação com os fatores do meio, lhe limitar ou dificultar a atividade e a participação em condições de igualdade com as demais pessoas e que possua um grau de incapacidade igual ou superior a 60 % reconhecido em Atestado Multiusos;

Ora, antes de mais, a leitura que faço é de que têm direito a atendimento prioritário as pessoas referidas naquela parte escrita a azul, desde que reconhecidas no dito atestado e não que o atestado, por si só, lhes dê qualquer regalia, sem que se verifiquem as deficiências. Como não me considero pessoa com deficiência ou incapacidade que me limitem ou dificultem alguma atividade, nunca pensei reclamar tal direito. Se existe alguma coisa que me limita certas atividades, são as dores na coluna e nos joelhos, mas essas não estão abrangidas pelo referido atestado multiusos, que me foi passado devido aos problemas oncológicos. Além de que acho despropositado exigir tratamento igual a pessoas com deficiência física, quando eu sou gajo para fazer caminhadas diárias de dez quilómetros, desde que não abuse das subidas íngremes, logo pela manhã, porque a angina de peito não gosta de esforços matinais. Era preciso que tivesse perdido o bom senso e a vergonha na cara para, depois de fazer e ganhar "corridas" contra as portas automáticas, chegar à fila da caixa e exigir ser tratado como um deficiente ou uma grávida.
Porém, se há merdas que me tiram do sério, é eu ficar uma hora a secar na fila da loja do cidadão, para entregar um recibo da ADSE e ver passarem-me à frente a grávida que há meia hora estava em condições de "pinar", (atividade que cansa muito mais do que ficar sentada à espera da sua vez). E quem diz a grávida, diz o casalinho com uma criança transportada no carrinho, ou a velha que, depois de ser atendida à frente de toda a gente, porque não pode estar de pé, fica meia hora de pé, a falar da vida da vizinha do 5º Esquerdo.
Por isso hoje tirei-me de cuidados e perguntei à senhora que me atendeu, da veracidade das dicas dos familiares e amigos (tudo gente muito entendida em leis cof, cof, cof) e a resposta foi a de que, sim senhor, tenho direito a atendimento prioritário.
Assim, vou passar a andar (já andava) com o atestado na carteira e, se bem que não vá exigir a ninguém que me deixe passar à frente, daqui em diante não há mais grávida nem coxa que me passe à frente na fila do Pingo Doce.
A minha mãe andou a trabalhar na agricultura até à véspera do meu nascimento e a minha Maria, trabalhou até sexta-feira e no domingo levei-a para a maternidade e nem uma nem outra, alguma vez passaram à frente, fosse de quem fosse.
Acho muita piada às gajas: quando são rejeitadas nas entrevistas de emprego, por estarem grávidas, alegam que "gravidez não é doença"; quando estão na fila de espera, são as maiores desgraçadinhas ao cimo da terra, mesmo que meia hora antes tenham estado "com ele entalado", sem se queixarem. eheheh


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

E se...

... no tempo do Salazar as instâncias internacionais se tivessem coibido de sancionar o regime, pelo facto de Portugal ser um país soberano, provavelmente ainda viveríamos em ditadura e os militantes e dirigentes do PCP continuavam a apodrecer no Tarrafal. PCP que, pela voz dos seus mais altos dirigentes, negam agora o direito de outros países e organizações internacionais de interferir e condenar os governos de Angola, da China, da Coreia do Norte e da Venezuela, com o argumento de que são países soberanos.
Nenhum país pode ser considerado soberano enquanto os governos desses países continuarem a prender cidadãos por delito de opinião, a manterem campos de trabalho (campos de concentração) em pleno século XXI, a esmagarem manifestantes com tanques de guerra (Praça Tiananmen) e a condenar o seu povo à fome e à doença, enquanto os caciques se empanturram de caviar russo.
É que já nem o argumento "Trump" serve de cola a tanta desonestidade.
E é triste que seja assim que a esquerda portuguesa se encarrega das suas próprias cerimónias fúnebres, dando de bandeja argumentos aos sobreviventes do fascismo escondidos sob a capa de Centristas Democráticos Sociais.
A Cristas até impa, cada vez que o "camarada" Jerónimo dá um tiro no pé.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Quem me paga o trabalho?

Finalmente, depois de duas semanas com dores, a tomar analgésicos e antibiótico, descobri e "saquei" duas lascas do dente cravadas na parte interior da gengiva.
Não sei se estaremos perante um caso de negligência, mas a verdade é que se quem arrancou a raiz estava limitado pela hemorragia, quem me viu uma semana depois, sem sangue e com um RX, também não encontrou nada de anormal.
Mas eu encontrei logo no dia a seguir à extração. Encontrava, com a língua, algo que não parecia pertencer ali, porque arranhava e não estava alinhado com os dentes. 
Hoje enchi-me de coragem e tanto insisti, com a língua e com um palito, que fiz, a sangue frio, o trabalho que dois dentistas não fizeram. O meu pai arrancava os dentes com um alicate ferrugento e bochechava com vinagre e vivia num ambiente empestado de estrume e bosta de burro, propício ao desenvolvimento da bactéria do tétano.
Só desejo a cada um daqueles dois cabrões que vão parir um filho pelo cu e que a criança venha com os pés para a frente.
Finalmente consigo mastigar e no fim de semana, só não marcha uma perna de javali que me deram, porque só acabo o antibiótico no domingo e não vou correr o risco de deixar viva alguma bactéria que irá contribuir para o aumento das estirpes resistentes. Antibiótico é para tomar até ao fim, respeitando a regra (não sei se certa ou errada...) de não beber álcool durante o tratamento. Mas para a próxima semana, tenho na arca um polvo para fazer à lagareiro, um quarto de borrego para assar no forno e a tal perna de javali que tem de ficar de molho em água com limão e laranja, porque cheira mais mal que um cadáver em avançado estado de decomposição.
Só me oferecem merda 😀.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Rescaldo

Aqui em casa sabem que não morro de amores pela polícia. São cenas antigas, "quase traumas de infância" que ficaram dos tempos das lutas laborais. Nunca me hei de esquecer de uma noite de 22 de janeiro em que a "bosta da bófia" mandou 18 colegas com salários em atraso (como eu), para as urgências de S. José. Tenho dos agentes policiais a ideia de que são parte da sociedade e, como tal, sofrem das mesmas lacunas de um país sobre o qual já os romanos diziam, que nem se governa, nem se deixa governar. Hoje um agente terá, seguramente, a escolaridade obrigatória. Mas isso têm quase todos os cidadãos que cospem no chão, que estacionam em cima dos passeios e das passadeiras e, portanto, não se pode exigir muito de alguém que está muito perto de ser culturalmente analfabeto. No entanto, ou "mas", porque todas as facetas da vida têm um "mas", considero deplorável as ações desenvolvidas por alguns setores da sociedade, incluindo gente com responsabilidade política pagos por nós, contra a atuação da polícia nos chamados bairros problemáticos. Gente facciosa, cujas ações fundamentalistas parecem ter o propósito de branquear atitudes criminosas por parte de grupos ditos minoritários que afrontam a autoridade legal de um país que os acolheu e tudo lhes dá. Enfim, os "desgraçadinhos" do costume que não têm com que comprar os bens essenciais, apresentando-se, no entanto, com as mais variadas tecnologias de última geração, conseguidas sabe-se lá como.
Acho deplorável porque, ao colocarmos em causa a autoridade policial, corremos o risco de um dia a polícia ao alinhar pelo "tassecagandismo" nacional, comece a responder aos apelos dessas comunidades, com a atitude laxista de quem só vai fazer o rescaldo da situação.
Não deixava de ter piada - ou não - que ao serem chamadas aos ditos bairros problemáticos, as forças policiais acorressem calmamente, de modo a chegarem aos eventos depois das rixas terem terminado.
Estou mesmo a imaginar as comunicações entre a esquadra e o carro patrulha:
- Alô patrulha, daqui fala a central. Como é que estão as coisas por aí?
- Está tudo bem, muito calminho e sem problemas.
- Há vítimas a registar?
- Pouca coisa. Só cerca de cinquenta civis mortos.
- Okay, então vão escolhendo um terreno para abrir a vala, que a retroescavadora já vai a caminho. 😂😂😂

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Havia de ser nos pés?...

Hoje acordei como aquela senhora de Santa Maria da Feira que ontem foi às urgências, com "tonturas na cabeça".
Nunca vi ninguém com tonturas nos pés... eheheh

Aproveito para deixar aqui uma dica àquele parasita que anda a "mamar" do Parlamento, como assessor do BE (Balde de Esterco) e que acha a polícia portuguesa uma bosta.

Senhor Mamadou Ba, mameaqui, vá!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Tá um frio do c@r@lho

O episódio que venho contar tem pouco a ver com o facto de, nos últimos dias, me sentir a cair da boca aos cães e de nem ter vontade de ligar o computador.
De facto eu já me habituei a ser doente o que, de certo modo, é um alívio. Pelo menos já deixei de lado a ideia de que tenho que me esforçar para morrer saudável e se faço grandes caminhadas e tenho algum cuidado com a alimentação, é porque odeio sentir-me doente. Eu sei que não posso fazer muito para modificar a minha condição de doente crónico, mas uma coisa é ter duas doenças como que em hibernação, outra coisa é adormecer a sentir que estou a morrer e acordar a pensar que já morri e ainda não recebi o aviso, porque os CTT andam sempre a extraviar a correspondência.
Há 11 dias que parti um dente meio partido e nunca mais tive uma hora de descanso. Suponho que seja do antibiótico, não consigo controlar a glicémia. Ontem acordei com 254 e duas horas depois, estava com 82. É caso para dizer: não sei se morra de enfarte, se entre em coma diabético. E não se deixem levar por esta aparente boa disposição, porque eu sou um grande mentiroso e isto é tudo a fingir. O que menos tenho, nesta altura, é boa disposição...
Há dois fins de semanas que não saímos. Não consigo trincar nada e se o antibiótico não resolver o problema, vão-me raspar esta treta, o que significa mais umas semanas com dores e a sopas de café com leite. Uma merda...
Pronto, mas hoje tomei um Brufen 600 e, depois de fazer uma caminhada de 4 quilómetros, apetecia-me ver o mar, mas da minha casa só se veem os aviões lá ao longe, por cima de Lisboa. Para ver água, ou abro a torneira, ou vou de carro até ao mar/rio. E fui. Fui até ao passeio marítimo de Algés, andei um pouco à beira-mar, tirei fotos e andei meio perdido a tentar esquecer a minha desdita. Acabei por ir parar à estação (ou apeadeiro?) da Cruz Quebrada

onde, de repente, se abeira de mim um jovem meio esgrouviado a pedir se não me importava que me fizesse "uma pergunta bizarra". Fiquei a olhar para o gajo de esguelha, pois o local não é muito frequentado e nunca se sabe se ele não puxava de uma faca e me punha as tripas ao sol para me gamar a bolsa e a máquina fotográfica. Mas não. O jovem até me pareceu bem-falante e antes que eu tivesse tempo de emitir a autorização, o tipo pergunta:
- O que é que acha do meu aspeto? É que acabei de ser abordado por uma pessoa que falou como se eu tivesse um aspeto estranho... o que é que acha?
- Estranho? Naaa! Vá descansado porque, tirando o facto de estar um frio do c@r@lho e você andar de calções e chinelos, não lhe noto nada, nada, nada de estranho.
"Prontes", eu andei todo o dia assim, mas ele era jovem e os jovens não têm frio. 😇


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Foda-se, há uma semana com dores

Na semana passada parti um dente partido. Um cabrão dum dente desvitalizado que se andava a partir aos poucos e fez ontem (quinta-feira) uma semana, partiu-se dentro da gengiva.
Estava aí o fim de semana e a ideia de passar dois dias com dores, à espera de consulta, levou-me a um dentista sem acordo com a ADSE. Ia pagar por inteiro (as consultas e tratamentos em médicos sem acordo, saem muitíssimo mais caros e só recebemos alguns meses depois de enviar o recibo), mas ficava aliviado logo no dia seguinte. Ficava, se corresse tudo bem. O problema é que aquele cromo deve ter-me lixado o maxilar e, passada uma semana a tomar Brufen 600, as dores não passam.
Amanhã vou ao meu dentista, o tal por quem não quis esperar, a ver se ele descobre qual é o problema, porque eu já não aguento mais as dores e não posso andar o resto da vida a tomar anti-inflamatórios.
Raisparta a puta da minha sorte.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O Brasil entregue aos idiotas Evangélicos

Imagem e notícia DAQUI

Damares disse que sofreu abuso sexual quando era criança e que, aos dez anos de idade, pensou em cometer suicídio.

Aquela parte do suicídio até nem tinha sido má ideia. O Brasil hoje não tinha que viver com esta aberração.

domingo, 13 de janeiro de 2019

As memórias do "feicebuque"

Prostrado debaixo da manta, devido ao frio e a uma dor no lugar de uma raiz que arranquei na sexta-feira (a picareta), resta-me publicar uma "antiguidade" daquelas que aparecem quando abrimos o facebook.
Peço desculpa, mas ainda não vai ser hoje que ponho as visitas em dia.



Prodígios da evolução.
De há uns anos a esta parte, são cada vez mais os centros comerciais que usam os novos urinóis sem água. É meio estranho para quem se habituou aos tradicionais urinóis, dos quais, no fim de cada mijadela, jorra um esguicho de água que, quando mal regulado, chega a ser confrangedor pois saímos do WC com as calças e a dignidade molhadas onde era suposto estarem secas. Uma coisa que me tem levantado algumas dúvidas, é se daqui por uns anos não aparece uma universidade americana com um daqueles estudos que ninguém confirma nem desmente, e prova que os químicos usados na "purificação" da urina, deixam uma pegada ecológica bem mais nefasta do que a "mijinha" dissolvida em meio litro de água da rede.
Até lá vamos aceitar estas inovações como benéficas para o ambiente e, quem sabe, daqui por uns anos não inventam um sistema tão eficaz, que no fim a mijadela nos é devolvida sob a forma de água purificada e devidamente engarrafada. A temperatura, sobretudo no verão, é que não será muito indicada para consumo imediato.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Qual o melhor local para o novo aeroporto?

A associação ambientalista Zero crítica o anúncio do acordo financeiro para a construção do novo aeroporto do Montijo antes de ficar concluída a avaliação de impacto ambiental e, anuncia, vai avançar para tribunal.

Notícia DAQUI


Um local onde o aeroporto não estorvava, era em cima da careca do Francisco Ferreira. 😂😂😂

sábado, 5 de janeiro de 2019

No restaurante

- Estas azeitonas são mesmo boas, mas ainda amargam um pouco. Devem ser novas.

- Pois... que eu saiba, aqui não servem azeitonas em segunda mão. eheheh

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Minete Verde

Às vezes ouço e vejo coisas que me levam a pensar que, se calhar, há muito mais gente, além do Sócrates e do Relvas, a tirarem licenciaturas naquelas universidades que passam diplomas ao domingo.
Aqui há dois ou três anos, os tipos da Quercus, que têm uma rubrica na RTP, chamada Minuto Verde (eu chamo-lhe "Minete Verde" eheh), andavam a impingir a ideia de que o que estava a dar era fazer hortas verticais nas varandas, com paletes usadas. Não me vou adiantar sobre as técnicas usadas, porque a ideia pareceu-me tão idiota que nem tomei atenção.
Ora bem, qualquer pessoa que tenha uns vasos com flores, na varanda, sabe quanta água é necessária para as manter viçosas. Água que, em apartamentos, é da rede, o que torna completamente estapafúrdia a ideia dos idiotas. Uma alface grande, custa oitenta cêntimos. 
Imagem DAQUI
Agora, aquelas mentes brilhantes, provavelmente depois de uma ida ao WC para descarregar o intestino, abraçaram a luta contra os sacos de plástico transparentes, onde o pessoal mete a fruta e os legumes, nos supermercados e adivinhem a solução que eles tiraram do cu: usar caixas de cartão. Exatamente, leram bem. Os senhores da Quercus acham que é viável irmos ao Continente munidos de caixas de cartão para a fruta e para os legumes.
Estão a imaginar o pessoal a fazer fila à espera que o segurança coloque uma vinheta em cada caixa? E mesmo que alguém fosse tão imbecil como os gajos da Quercus e tivesse a lata de aparecer no supermercado com uma carrada de caixas de cartão, estão a ver a menina da caixa a tirar tudo para cima da balança, porque ninguém sabe a tara de cada caixa, e a seguir meter tudo outra vez na dita cuja...
Eu compreendo que temos de começar a fazer alguma coisa contra a praga dos sacos de plástico. Mas não seria mais útil se as campanhas dos "ambientaleiros" começasse por exigir aos governos que obriguem os supermercados a utilizar sacos biodegradáveis ou, nos casos em que fosse possível, substituir o plástico por papel, como antigamente, quando os produtos eram vendidos a granel e se usavam "cartuchos" de papel pardo? Papel pardo a que as nossas mães davam usos variados, como cortar umas tiras que, depois de aquecidas no candeeiro a petróleo, eram besuntadas com "enxúndia" de galinha e postas no pescoço, quando tínhamos dor de garganta. O cheiro era nauseabundo, mas não tanto como as ideias de merda dos "ambientaleiros".
É o que eu digo: enquanto existirem universidades a passar diplomas ao domingo, não é preciso ser muito inteligente para tirar uma licenciatura.