segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Por este andar...

Algum dia nem em nós próprios podemos confiar.

Ainda não passou uma semana desde que foram denunciadas na imprensa uma espécie de "empresas" que, umas vezes em aparente conluio, outras vezes à revelia de instituições supostamente de proteção de animais, contratam jovens para fazerem peditórios ou venda de "trastes", dos quais apenas 10% dos donativos revertem para as ditas associações.

Nos últimos dias, fomos "surpreendidos" com mais uma notícia de desvio de donativos e subsídios do Estado a uma instituição de apoio a doenças mentais raras (Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais Raras), cuja presidente, segundo uma investigação da TVI, tem um rendimento mensal que chega a atingir os 6500€ e se dá ao luxo de comprar, com o dinheiro da instituição, vestidos de alta costura. Até mariscadas são mencionadas nas denúncias feitas por antigos tesoureiros, provavelmente por verem o bolo a passar-lhes à frente, sem poderem deitar mão a uma fatia.
Vergonhoso. É vergonhoso e contribui fortemente para o descrédito que se instala junto da população, sendo as instituições e os utentes, quem mais sofre com estas vigarices. Eu, por exemplo, já não dou nada para esses peditórios. Só dou para a Liga Portuguesa Contra o Cancro e quando quero contribuir para os animais, vou ao supermercado e compro dois ou três sacos de ração que entrego no canil. Mesmo assim, tenho algumas dúvidas de que, entre os funcionários, não haja alguém capaz de desviar alimentos para alimentar os seus próprios animais. Mas de uma coisa tenho a certeza: com o meu dinheiro não há putas finas a comprar vestidos de alta costura. eheheh

1 comentário:

  1. Chegamos a um ponto em que, de facto, já não sabemos em quem podemos confiar. E é triste. Porque as pessoas querem ajudar e, muitas vezes, esses donativos não acabam nas mãos de quem precisa. Onde é que está a humanidade desta gente?

    r: Sim, também penso o mesmo!

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