quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Minete Verde

Às vezes ouço e vejo coisas que me levam a pensar que, se calhar, há muito mais gente, além do Sócrates e do Relvas, a tirarem licenciaturas naquelas universidades que passam diplomas ao domingo.
Aqui há dois ou três anos, os tipos da Quercus, que têm uma rubrica na RTP, chamada Minuto Verde (eu chamo-lhe "Minete Verde" eheh), andavam a impingir a ideia de que o que estava a dar era fazer hortas verticais nas varandas, com paletes usadas. Não me vou adiantar sobre as técnicas usadas, porque a ideia pareceu-me tão idiota que nem tomei atenção.
Ora bem, qualquer pessoa que tenha uns vasos com flores, na varanda, sabe quanta água é necessária para as manter viçosas. Água que, em apartamentos, é da rede, o que torna completamente estapafúrdia a ideia dos idiotas. Uma alface grande, custa oitenta cêntimos. 
Imagem DAQUI
Agora, aquelas mentes brilhantes, provavelmente depois de uma ida ao WC para descarregar o intestino, abraçaram a luta contra os sacos de plástico transparentes, onde o pessoal mete a fruta e os legumes, nos supermercados e adivinhem a solução que eles tiraram do cu: usar caixas de cartão. Exatamente, leram bem. Os senhores da Quercus acham que é viável irmos ao Continente munidos de caixas de cartão para a fruta e para os legumes.
Estão a imaginar o pessoal a fazer fila à espera que o segurança coloque uma vinheta em cada caixa? E mesmo que alguém fosse tão imbecil como os gajos da Quercus e tivesse a lata de aparecer no supermercado com uma carrada de caixas de cartão, estão a ver a menina da caixa a tirar tudo para cima da balança, porque ninguém sabe a tara de cada caixa, e a seguir meter tudo outra vez na dita cuja...
Eu compreendo que temos de começar a fazer alguma coisa contra a praga dos sacos de plástico. Mas não seria mais útil se as campanhas dos "ambientaleiros" começasse por exigir aos governos que obriguem os supermercados a utilizar sacos biodegradáveis ou, nos casos em que fosse possível, substituir o plástico por papel, como antigamente, quando os produtos eram vendidos a granel e se usavam "cartuchos" de papel pardo? Papel pardo a que as nossas mães davam usos variados, como cortar umas tiras que, depois de aquecidas no candeeiro a petróleo, eram besuntadas com "enxúndia" de galinha e postas no pescoço, quando tínhamos dor de garganta. O cheiro era nauseabundo, mas não tanto como as ideias de merda dos "ambientaleiros".
É o que eu digo: enquanto existirem universidades a passar diplomas ao domingo, não é preciso ser muito inteligente para tirar uma licenciatura.

2 comentários:

  1. Sinto que há ideias que são partilhadas só para trazerem algum humor à nossa vida ;)
    «Mas não seria mais útil se as campanhas dos "ambientaleiros" começasse por exigir aos governos que obriguem os supermercados a utilizar sacos biodegradáveis ou, nos casos em que fosse possível, substituir o plástico por papel, como antigamente, quando os produtos eram vendidos a granel», nem é preciso acrescentar mais alguma coisa!

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  2. Em minha casa consome-se muito melão, vou ter de comprar um camião, (até rimei sem querer)

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