terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Onde é que está a dúvida?

Por muito que puxe pela cabeça, não entendo a polémica gerada à volta da questão dos subsídios (de férias e de Natal) serem pagos por inteiro ou em duodécimos, a não ser à luz de uma comunicação social tendenciosa e incompetente, que parece não ter mais com que se preocupar do que em meter merdas na cabeça dos velhos.
Desde que foram instituídos, estes subsídios foram sempre pagos por inteiro, um antes das férias e outro antes do Natal. Se calhar por isso é que um se chama subsídio de férias e outro subsídio de Natal. Digo eu... Eram pagos assim e as pessoas gostavam, até que o Passos Coelho decidiu tentar a sorte de misturar os subsídios com o ordenado, com o intuito de que, à força do hábito, um dia estes acabavam por desaparecer e ninguém se ia importar.
Pois este povo, de quem já os Romanos diziam que “nem se governa, nem se deixa governar”, ficou muito indignado, porque não tinha jeito nenhum e “aquele dinheirinho” fazia-lhes falta para as férias e para fazer as compras de Natal.
Passaram-se cerca de quatro anos e aquelas pessoas que demoraram quarenta anos a habituarem-se a receber os subsídios por inteiro, em um décimo do tempo, habituaram-se a receber em duodécimos e já não querem outra coisa. E com a comunicação social sempre em cima das coisas importantes e decisivas para a evolução da humanidade a dar na cabeça dos velhotes, eles até se esquecem que receberam sempre assim e que dantes “aquele dinheirinho” fazia-lhes falta para as férias e para as compras de Natal.
- Então o senhor fica a receber menos?
- Fico e faz-me muita falta.
- Tem despesas fixas, não é?...
- Pois, tenho umas contas para pagar…
- E não estava a contar, não é?
- Pois, não estava a contar com isto…

Dá vontade de perguntar:
- Oh seu filhadaputa, não estava a contar? Então estava a contar com quê? Em que planeta é que você vive?
É que em 2017 voltaram a pagar um subsídio por inteiro e outro em duodécimos, com a promessa de que, a partir de 2018, seriam ambos pagos por inteiro. Mas a besta não estava a contar… e o jornalista a ajudar à festa. Porque assim os ordenados/reformas foram aumentados, mas as pessoas ficaram a ganhar menos.
É mentira. As pessoas ficam a receber menos, mas a ganhar mais. Eu fui aumentado 12€ mas fiquei a receber menos 15€. Mas sei que, em julho e novembro, vou receber a dobrar.

Palavra de honra que eu ouço estas merdas e fico com vontade de dar com uma marreta nos dentes desta gente e deixá-los a falar “fofo”. lol

3 comentários:

  1. Realmente é cada atrasado/a que para aí anda.. ó good lol

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  2. Há pessoas que andam ao sabor do vento e depois ainda encontram outras para ajudar à festa :/

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  3. Eu não quero cá duodécimos nenhuns, venha lá a dobrar em julho e novembro que é bem melhor mas compreendo que alguns reformados já sejam bastante idosos e podem morrer a qualquer momento sendo que se receberem em duodécimos o dinheirinho vai caindo. Sabem lá eles se vão durar até julho...

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