sábado, 31 de março de 2018

O preconceito é filho da ignorância (e parente próximo da estupidez)

Há tempos fui almoçar numa cidade (da qual não vou dizer o nome), a um restaurante (do qual também não vou dizer o nome), onde a proprietária, uma senhora já de uma certa idade (eu diria a rondar os 70 anos), tinha qualquer coisa meio estranha, que até me custa dizer o quê. Foi no verão e a senhora andava pelo restaurante a servir e no paleio com os clientes (um restaurante modesto e de cariz familiar, onde se come bom peixe) com um traje algo démodé, que lhe dava um ar de puta decadente dos anos 60 do século passado. Uma saia (ou vestido?) com pendericalhos de renda, bem acima do joelho, deixavam ver umas perninhas de alicate mal equilibradas nuns saltos altos que fazia impressão como é que a senhora não caía deles abaixo. Tudo pouco condicente com a idade avançada da "madame".
Hoje voltámos lá com a filha. Era cedo e no passeio que demos pela cidade, tive oportunidade de descrever à filha o aspeto da senhora, sem esconder a sensação que me tinha ficado no verão, de que estava a almoçar num bordel falido, servido por uma meretriz reformada, ou reciclada numa nova profissão.
Quando entrámos tivemos que suster o riso, apesar de hoje a "madame" envergar uma roupagem menos arejada o que, curiosamente, lhe dava um ar bem mais "respeitável". E sublinho "respeitável", pois em nenhum momento a senhora se mostrou menos merecedora do respeito dos clientes, com quem mantém um diálogo afetuoso, sempre que a azáfama do serviço lho permite.
Comemos muito bem e na hora de pedir a conta, a senhora abeirou-se de nós com o terminal do Multibanco e um bloco onde foi somando as parcelas da conta, ato pouco habitual na era onde até as antiquadas calculadoras de bolso deram lugar às caixas registadoras "computorizadas". E quando eu fiz a observação - "a senhora ainda sabe fazer contas de lápis"? Ela respondeu:
A matemática foi sempre a minha paixão. Sou licenciada em matemática e dei aulas durante muitos anos. Houve uma época em que cheguei a acumular a profissão de professora com a restauração, mas do que gostei sempre, foi de dar aulas de matemática.

sexta-feira, 30 de março de 2018

O que tu queres, sei eu...

A mulher é o bicho mais dissimulado do mundo. A minha está sempre a desfazer no que eu faço. Quando chega a casa e eu ando nos meus "biscates", ou já fiz alguma "obra-prima", mete um sorriso trocista e começa logo: - lá anda ele a inventar. Eu não lhe ligo, até porque é verdade. Gosto de meter a mão na massa e quando há alguma coisa que não está como eu gosto, procuro uma solução. Antes quero ser criticado quando a ideia não resulta, do que ser criticado por não tentar.
Lembram-se daquela encomenda na Worten? Pois ontem logo de manhã cedo, ligaram-me a anular a encomenda por rotura de stock. Ainda bem, porque já tinha arranjado outra solução.
É assim, eu tenho colunas no computador, mas há muito tempo que não tenho música na sala. Tinha um home cinema que pifou e como quase nunca ouço música, a não ser no computador, nunca mais liguei ao assunto. E nem queria uma "aparelhagem" muito cara e volumosa. Até que um dia destes tive uma ideia: porque não comprar um sistema com subwoofer e duas colunas que desse para ligar o tablet, que até tem rádio e tudo? Foi então que comecei a pesquisar e encontrei um sistema da Liftech a um preço razoável para uma potência de 70W. "Prontes" e o resto vocês já sabem o que aconteceu e ainda bem.
Ainda bem porque, sem gastar dinheiro, encontrei uma solução que andava para ali guardada numa caixa. É uma espécie de Hi-Fi (LG) que comprei para a filha, há perto de 20 anos (a minha filha foi sempre assim, muito poupadinha e nunca estragava nada) e que ela deixou cá quando comprou casa. E não é que aquilo ainda funciona e tem um som muito bom? Só o leitor de CD's é que é muito esquisito e não "papa" CD's pirata. Aqueles primeiros laser's eram uma trampa... mas tem... tchanam... leitor/gravador de cassetes. A sério e tinha uma cassete lá dentro há, pelo menos, oito anos e ainda toca (tenho estado a ouvir "Enigma" e "Vanessa-Mae" eheheh. Há séculos que não ouvia isto. E tinha tanto cotão que só saiu de pincel e aspirador, mas está a funcionar.
Agora vem aquela parte das gajas serem "metenojo". eheh
Como não queria meter aquilo no móvel, junto com a box e a televisão (até porque não cabia) e tinha ali um cantinho da sala mesmo à maneira, ontem fui ao Leroy comprar uma prateleira em bruto, dei-lhe umas pinceladas de velatura "pinho da Califórnia". Quando ela chegou estava quase tudo feito e a gaja começou logo a olhar com ar de gozo para a minha obra. Não disse nada, mas aquele olhar de "metenojo" disse tudo.
Hoje fomos almoçar fora e passamos pelo AKI, porque eu precisava de uma calha para esconder os cabos e vai ela sai-se com esta:
- Por acaso uma prateleira assim é que dava jeito na minha "oficina" (que é o quarto que foi da filha e que ela agora usa para fazer os biscates dela). Fiquei com vontade de lhe despejar a lata da velatura cor de "pinho da Califórnia" pela cabeça abaixo e pendurá-la na parede a fazer de prateleira. Mas "prontes", comprámos a prateleira e já está montada e com uma carrada de caixas e caixinhas em cima. Mas se for caso disso, amanhã é capaz de me dizer: - eu não te pedi nada.
Porcazinha dissimulada! :)

Tens cromos pá troca?

Quem disse que isto é um conflito diplomático? Isto parece mais uma troca de cromos. eheh

Imagem e notícia do DN

quarta-feira, 28 de março de 2018

A Worten é...

... uma coisa que eu não posso dizer aqui, sem correr o risco dos gajos me embrulharem num processo em tribunal.
No dia dos meus anos e do pai, fui à Worten à procura de umas colunas 2.1 para o computador, que tinha visto no site, mas não havia em loja. Vim para casa e, no caminho, decidi fazer a compra online, até porque tinha recebido o cartão Universo e queria experimentar uma cena relacionada com a segurança nos pagamentos online.
Entrei no site e a previsão para entrega era de 1 a 2 dias (optei pela entrega em loja, uma vez que moro perto). Fiz a compra mas não consegui pagar com o cartão Universo, por aselhice minha. Optei, então, por pagar com MB e correu tudo muito bem. O problema é que no dia seguinte, a previsão para entrega tinha sido alterada para entre 3 a 4 dias. Engoli em seco e pensei: bem, como fiz e paguei a encomenda com outras previsões, lá para quinta-feira devo ter as colunas (que tinha encomendado na segunda-feira). Na quarta-feira voltei ao site, a ver se a encomenda já tinha seguido para a loja e qual não foi o meu espanto quando vi a previsão de entrega novamente alterada, desta vez para entre 4 a 5 dias. Mas eu tinha feito e pago a encomenda com outras previsões, lembram-se? Até que na sexta-feira (4 dias depois de ter feito a encomenda), como não me chegou a SMS, voltei ao site. A previsão para entrega já ia em entre 6 a 7 dias. Aí comecei a passar-me dos carretos e só não comecei aos coices, porque ainda tinha esperanças que as colunas viessem nesta segunda-feira. Não vieram, mas a previsão tinha descido para entre 3 a 4 dias. Mesmo assim, liguei para o número das reclamações, onde me disseram... tretas. Que era só uma previsão, bla-bla-bla, Whiskas saquetas. Mas como o fulano tinha uma voz de totó incrível, safou-se de eu ter mandado para algum lado menos aconselhável e decidi entrar no site e preencher o formulário de reclamações. Ainda no mesmo dia deram-me uma resposta com cheiro e sabor a automática, a informar... a informar merda nenhuma. Dizia apenas que a reclamação tinha sido reencaminha para a raiz da puta que os pariu.
Hoje a previsão de entrega voltou a subir. Desta vez bateu o recorde e está em entre 7 a 8 dias.
Aldrabões do c@r@lho, que não volto a comprar lá nada. 

terça-feira, 27 de março de 2018

segunda-feira, 26 de março de 2018

Tem uns ruídos eheheheh

Grande Rui Veloso.
Se fosse eu, diria que um motor diesel desafinado, ao ralenti e em frio, produz sons mais musicais do que o Hip-hop eheheh. 


O vídeo é maior, mas para não maçar, cortei só a parte que interessa para o efeito. Espero que o Rui Unas não me meta um processo em tribunal. lol

Podem ver o vídeo completo AQUI

Seca???

Há muitos anos que não via o Alentejo tão verde e com tanta água.
Isto é uma pequena amostra, porque a chuva não me deixou fotografar todos os ribeiros e charcas.

Ribeira de Tera - Pavia
Entre Pavia e Avis
Entre Pavia e Avis
Avis
Barragem do Maranhão
Esta não tem água, mas é uma homenagem merecida a todas as vegetarianas que, no longo período de seca, se esforçaram por encontrar um "galho" verde. Agora já têm erva com fartura. eheheh

sábado, 24 de março de 2018

Eureka

Descobri uma nova utilidade para o telemóvel.
Eu sou gajo para gastar menos de 10€ por ano em carregamentos do telemóvel. Não gosto de falar ao telefone. Acho que devo ter ficado traumatizado no último emprego que tive, onde mal me sentava para começar a fazer um orçamento ou outro trabalho que requeria alguma atenção e era interrompido pelo telefone.
Este fim de semana lembrei-me que posso usar o telemóvel no carro, como leitor de mp3.
O meu carro é de 2013 e o dela é de 2010. Curiosamente o meu, que é mais recente, não tem porta USB e o dela tem. O meu lê mp3, mas só se for gravado em CD, o que se torna chato quando quero acrescentar músicas novas. Até agora resolvia o problema com um CD regravável onde gravava entre 150 a 200 músicas e quando queria acrescentar uma música nova, tinha que apagar tudo e voltar a gravar. Uma cagada.
Ontem copiei a pasta de música para o cartão externo do telemóvel e basta ligar a saída dos auscultadores à entrada AUX (auxiliar) do carro (com um cabo áudio com jack 3.5) e fico com um leitor de mp3 que, por acaso, também dá para falar ao telefone lol. E o consumo da bateria até nem é tão exagerado como temia. Hoje andou perto de 4 horas a tocar e não chegou a consumir 20% da bateria. E para viagens longas, posso sempre ligar o telemóvel ao carregador de isqueiro ao mesmo tempo e a bateria já não descarrega.
Ok, podia comprar um iPod, mas era mais um objeto a empatar e o telemóvel já anda comigo.

sexta-feira, 23 de março de 2018

É a sina...

Atualmente quase só ouço música no carro, ou no YouTube e neste, perco-me a "ouver" (que é a contração do verbo ouvir com o verbo ver) cover's, sobretudo covers de bateria e baixo.
Não sei se por alguma característica do meu ouvido, sempre gostei de seguir a linha de baixo das músicas. Enquanto o resto do pessoal gosta acompanhar a parte vocal, o meu ouvido de elefante permite-me distinguir e acompanhar o baixo e se algum dia tivesse enveredado pelo mundo da música, o baixo teria sido o meu instrumento. Já a bateria parece-me mais difícil. Olho para bateria como o labrego que se senta à mesa de num restaurante "chique" e na hora de começar a comer, olha para os talheres e acha que lhe puseram "ferramenta" a mais. Aquilo dá-me um nó no cérebro e, talvez por isso, admiro muito quem tem talento para lidar com uma máquina tão complicada.
Um dia, nas minhas pesquisas por cover's, apareceu-me esta miúda alemã e hoje é um dos canais que subscrevo e do qual sou "freguês" assíduo.
Só com 14 anos e faz isto... isto e muito mais, como poderão ver no canal Sina-Drums

quarta-feira, 21 de março de 2018

Quem me quer ver feliz, é aqui

Vocês não acreditavam se não vissem, mas este canto da minha arrecadação, tem mais ferramentas do que algumas oficinas. E nas 5 caixas que estão no chão (à direita e à esquerda da bancada), estão as ferramentas que são menos usada e já não cabem no quadro.
A bancada é uma cómoda velha, da primeira mobília da filha e atrás de mim, está um camiseiro velho cheio de ferramentas e parafusos eheheh.
Hoje, logo de manhã, assim que liguei uma lixadeirta à tomada que estive a arranjar ontem à noite, disparou o quadro. Trabalhos feitos de noite, aparecem os defeitos no dia seguinte.
De manhã fui fazer a caminhada, mas a seguir ao almoço fui ao AKI gastar mais de 30 €
em alicates e uma régua.
Ela gasta em sapatos, eu gasto em ferramentas. xD

P.S. Hoje nem está muito desarrumada... eheh




terça-feira, 20 de março de 2018

Dia do pai

Como devem ter reparado, ontem foi dia do pai e dia do meu aniversário. Esta trágica coincidência tem-me dado prejuízo a vida (quase) toda. Quase, porque só começou a contar quando fui pai.
Quero agradecer a todas as pessoas que ainda por aqui passam, apesar de eu me ter transformado num blogger desnaturado e não andar com disposição para isto. Eu sei que ando a falhar, mas está frio para estar aqui (e eu não tenho paciência para a lentidão do tablet) e ando cansado. Ultimamente tem-me dado para os biscates e farto-me de trabalhar. E agora, que já tenho mais um ano, canso-me depressa. eheheh
A NOS não me larga a labita a ver se me impingem um pacote com mais canais de filmes e séries e me "caçam" mais 24 meses de fidelização, mas eu já lhes disse que os canais que tenham são suficientes para dormir.
A propósito: vou-me estender. Peço desculpa, mas ainda não é hoje que vou fazer as visitas em atraso.
"Inté"

Foto minha (mas podem levar). lol

segunda-feira, 19 de março de 2018

Estou nas lonas, como um pneu velho

Já me perguntaram várias vezes se era capaz de viver numa “ilha deserta”.
No sentido literal do termo, seria difícil, mas viveria perfeitamente numa “ilha deserta” feita à minha medida. Uma ilha deserta no cimo de uma montanha.
Faço anos hoje, por isso sou "peixes". Dizem que é um signo com forte ligação à água, mas eu gosto mais das alturas. Já andei pelas montanhas mais altas da Europa ocidental, já saltei de pára-quedas de um "avianito" que parecia um trator agrícola, mas dificilmente me apanhavam a fazer mergulho. Para mim a água serve, basicamente, para fazer sopa e lavar as ramelas dos olhos. Uma "ilha" na montanha é que havia de ser um bom refúgio, onde só chegavam os chatos que tivessem pernas para subir.
Devido à minha incompatibilidade com a vida em "rebanho", já me chamaram antissocial, mas esta não me parece a definição correta. A verdade é que sinto cada vez maior dificuldade em me inserir nesta sociedade hipócrita onde as regras da convivência em sociedade parece que só foram feitas para ninguém as cumprir e, nesse aspeto, considero-me mais um inadaptado. Um inadaptado que vai tentando passar pelos intervalos da chuva sem se atolar neste "tassecagandismo nacional" que virou regra.
As pessoas, de um modo geral, não são a melhor coisa do mundo. Hoje faço 66 anos (porra, estou nas lonas, como um pneu velho lol) e, em toda a vida, nunca encontrei uma pessoa, nem mesmo entre as mais chegadas, que, num dado momento, não me tivesse desiludido. Até a minha pessoa por vezes me desilude.
Tenho saudades da minha companheira patuda, a única amiga que, em 17 anos, nunca me desiludiu. Um dia vou ter com ela ao céu dos "canitos" e seremos felizes até à eternidade, a brincar às escondidas por entre os “cumulonimbus” de uma tempestade ainda por batizar (mais uma "pintelhice" importada dos "come ones"). Até lá resta-me sonhar com a minha ilha, no cimo de uma montanha, onde eu um dia pudesse "apagar" em paz, como nos filmes de cowboys, a ver o nascer ou o pôr-do-sol, as duas coisas mais belas do (meu) universo.

Não é esta a minha versão preferida da música, mas a que publiquei outro dia (a original dos Pink Floyd), tem direitos de autor e os gajos bloqueiam o vídeo. Mas esta também é boa.


sexta-feira, 16 de março de 2018

Não liguem que isto passa

Quando me virem a escrever sobre cenas sérias, não liguem muito ao que eu digo.
Outro dia escrevi que sentia a vida a fugir e sentia mesmo. Aliás, como referi naquele post, há dias em que me sinto a bater no fundo. Este inverno tenho tido muitas dores nas articulações e isso deixa-me assustado, porque antes de ter ficado "doente", também andava com muitas dores e, segundo li por aí, parece que existe uma relação entre dores nos ossos e alguns tipos de tumores. Por isso, quando tenho mais dores do que o habitual (e o habitual já é ter muitas dores), ainda fico mais alerta e mais em baixo. E se o tempo não der uma ajuda, cai-me tudo e dá-me para o sentimento. Depois vem um dia de sol, faço uma caminhada de 10 quilómetros e fico bem... mais ou menos.
Quando era miúdo, lá na terra tínhamos um cão preso à porta da capoeira e quando acabávamos de jantar, ou eu ou a minha irmã íamos dar de comer ao cão. No inverno anoitece cedo e eu tinha muito medo do escuro. A luz do candeeiro a petróleo mal passava a soleira da porta e como o cão "morava" do outro lado do pátio, a maneira que eu tinha para espantar o medo, era fazer o percurso a assobiar.
Agora o blog é o meu assobio da era digital.

Coisas da geringonça

PSD e CDS já exigiram a presença do governador da Florida no parlamento. eheh

Imagem e notícia no DN

quinta-feira, 15 de março de 2018

A vida é assim... ou anda lá perto

We've given each other some hard lessons lately
But we ain't learnin'
We're the same sad story that's a fact
One step up and two steps back

When I look at myself I don't see
The man I wanted to be
Somewhere along the line I slipped off track
I'm caught movin' one step up and two steps back

 

quarta-feira, 14 de março de 2018

Alcácer do Sol


Digam lá se eu não sou um doce.
Segunda-feira faço anos e desligo o telemóvel para não me chatearem. eheheh

segunda-feira, 12 de março de 2018

Apita o Comboio


Não sei se alguma vez disse aqui que tenho pavor de atravessar passagens de nível.
É verdade, quando atravesso uma passagem de nível tenho a sensação que estou a atravessar um campo de minas. E não é preciso que seja passagem de nível sem guarda, pois mesmo aquelas que têm cancela e campainha, provocam-me arrepios. Quem é que me garante que o sistema não está avariado e, quando eu for a passar, não me aparece um comboio? E não sei se já repararam que as passagens de nível são todas em locais de pouca visibilidade. Ou é a estação, ou a casa do guarda da linha (não sei se metem um guarda da linha, com medo que a linha fuja), ou uma sebe de arbustos, há sempre uma porra a dificultar a visibilidade. Por isso o melhor é chegar lá em 2ª acelerar para sair dali antes de vir o próximo comboio. E se for outro carro à minha frente, só avanço depois de ele atravessar e deixar espaço para mim do outro lado da linha.
Quando era miúdo, uma vez fui-me pôr à beira da linha, na reta do Dafundo, um pouco acima do "Peixanário" Vasco da Gama, onde a linha está num plano mais elevado em relação à estrada e fiquei com a cara ao nível das rodas. Bem, quando veio um comboio fiquei petrificado. Agarrei-me ao gradeamento e se o comboio fosse mais comprido, acho que me tinha mijado pelas pernas abaixo. eheheh
Tive um tio que se matou em Vila Franca (eu ainda não era nascido). Dizem que só meteu a cabeça no carril e quando o comboio passou o corpo esteve um bocado aos saltos, sem cabeça. Que raio de maneira de morrer, catano.

O mau tempo é como o sol...

... quando vem é para todos.

Mas parece que os atletas da meia maratona não gostaram. Fartaram-se de reclamar, sobretudo do vento. Acho que a organização se esqueceu de informar que há umas cenas chamadas passadeiras, que dão para andar/correr em casa.
Uma meia maratona caseira, deve ser interessante e não faz vento, a não ser que deixem as janelas abertas. lol

sábado, 10 de março de 2018

Fui enganado

Já ando com "fome" de rua, mas não quis arriscar a enfrentar o temporal anunciado. Acabei enganado de duas maneiras: a tempestade vinda da Madeira deve ter ficado retida no aeroporto e acabei por ir almoçar a um restaurante chunga (o leitão estava mais seco do que a múmia do Tutankamon) e dar a volta saloia.
O mar da Ericeira estava bravo, mas já o vi pior noutras ocasiões. E só agora reparei que estava inclinado. O Cabo da Roca vai subir e, com esta inclinação, é provável que o mar se vá entornar.
A única coisa com que embirro nesta máquina fotográfica, é não ter um visor. No monitor não se tem a perceção da inclinação e se nas fotos dá para corrigir em casa, nos vídeos se calhar também dá, mas eu não sei como (nem tenho nenhum programa de edição de vídeo).
Só fiz o vídeo pelo som, a única coisa que impressionava nesta espécie de tempestade anunciada.

sexta-feira, 9 de março de 2018

A marca que vende

Um dia a marca "MARCELO" vai ser famosa.

Ainda com a minha (des)confiança nos poderes divinos bem presente, depois deste texto, foi com alguma indignação que ouvi esta senhora dizer, entre lágrimas e sucções do aspirador Marcelo:

- Foi Deus que me acordou a tempo.

Yah, um cão de guarda tinha feito a mesma coisa. A Deus competia usar os superpoderes e evitar a tragédia.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Olha que pena...

Imagem e notícia do DN
Não imaginam o pó que eu tenho à ponte 25 de Abril, ou "25 do A", como costumo chamar-lhe. Dantes apanhava grandes secas para ir à Caparica, ou quando íamos ao Alentejo.
Lembro-me, quando comprei o meu primeiro carro (em 1981), um velhinho Honda 600, que era, basicamente, um carro com motor de mota, refrigerado a ar, que não gostava muito de estar parado em filas de trânsito. Logo na primeira ida à praia, demorámos uma hora e meia para chegar à Caparica. Fiquei tão traumatizado, que até hoje ainda detesto aquela ponte. Acho mesmo que a minha aversão às praias da Caparica, se deve àquele trauma de "infância" tardia, porque na altura tinha quase 30 anos eheh.
Depois que abriu a Vasco da Gama raramente passo a "25 do A". Quase nunca vou à praia e quando vou a Beja ou almoçar a Alcácer ou Setúbal, é sempre pela Vasco da Gama, até porque a viagem fica por menos 25 quilómetros. Mas de vez em quando ainda sou apanhado naquela maldita ponte. A última vez já foi há mais de um ano. Saímos pela Vasco da Gama, almoçámos em Setúbal e a seguir, não sei que merda me passou pela cabeça, que atravessei a Serra da Arrábida, fui até ao Cabo Espichel e na volta vim pela "25 do A".
Era inverno, mas estava um dia de sol maravilhoso e os lisboetas parece que combinaram e foram todos para os lados de Sesimbra. Ao fim da tarde levei com eles e só vos digo: Depois de comer um pastel de nata em Alfarim, apanhei fila desde o cruzamento da Lagoa de Albufeira até passar as portagens. Não sei porquê... aliás, quando era "freguês" da "25 do A", na maior parte das vezes não percebia a razão dos engarrafamentos. Raramente víamos acidentes e mesmo quando em agosto não se pagava portagem, a fila de 20 quilómetros era fatal, quer viéssemos de Sesimbra, do Alentejo ou da Caparica.
Passaram-se quase 40 anos e nem vos passa pela cabeça as vezes que eu amaldiçoei aquela ponte.
- "Raisparta" a puta da ponte. Não cair ela, a ver se faziam uma mais larga!!! eheheh
A última vez, naquele domingo de inverno, jurei que nunca mais lá passava. Já estava cá deste lado e quando a via pelo retrovisor ainda espumava de raiva e praguejava.
- "Filhadaputa", tomara que caísses esta noite. eheheh
Parece que algum demónio me ouviu e acho as rachas e os parafusos partidos que descobriram agora, são fruto das minhas pragas, ao longo de 40 anos. eheheh

Feliz dia da mulher


quarta-feira, 7 de março de 2018

Porra, não consegui atinar com um título decente para isto, catano!

Dizem que Deus escreveu direito por linhas tortas, mas eu não sou Deus, nem acredito em deuses. Sou apenas um ser humano cheio de contradições, defeitos e algumas (raras) virtudes. E, muito sinceramente, nunca senti necessidade de recorrer a deuses criados à medida da ignorância dos homens (e das mulheres lol), para justificar ou corrigir os meus erros. Nem nunca aceitei a ideia que às vezes me querem impingir, de que devo a Deus o facto de ter sobrevivido ao cancro. Não acham que se existisse um Deus com capacidade para curar o cancro, era bem mais sensato que tomasse providências antes de nos deixar fazer a terrível travessia do deserto? Até parece que esse Deus nunca ouviu falar em medicina preventiva, ou então está mais vocacionado para passar certidões de óbito.

Nunca alimentei ilusões acerca de uma hipotética vida para além da morte. É um assunto que não me tira o sono. Confesso que gostava de viver até aos 500 anos (a sério), mas não sinto necessidade de uma segunda vida para corrigir alguma coisa que me tenha corrido mal na primeira, até porque não descarto completamente aquilo que fiz da vida (ou o que a vida fez de mim...). No entanto reconheço que às vezes não consigo ser exatamente como desejava (ou como algumas pessoas desejariam que eu fosse). Tento ser coerente e justo, dentro do possível, mas na hora de fazer passar algumas ideias, presumo que por culpa minha (ou não...), nem sempre a mensagem me sai com a lucidez e a clareza desejadas. Umas vezes é deturpada pelo calor das emoções, outras perde-se na indiferença ou na intolerância do destinatário. A intenção pode ser nobre, mas é como se as palavras me saíssem ao avesso das ideias e, ao contrário do que dizem sobre Deus, por vezes tenho a sensação que passei grande parte da vida a escrever torto por linhas direitas.
Peço desculpa aos intolerantes que não aceitam a minha individualidade, mas não o faço por mal. Foram as circunstâncias da vida que me fizeram assim e agora já é tarde para mudar.
No próximo dia dezanove fica a faltar-me menos um ano para o fim da viagem. Quase sem dar pela passagem do tempo, de repente estou na fase descendente da vida e há dias em que me sinto tão em baixo que, se estendesse uma mão, já era capaz de tocar no fundo. Cada dia que passa sinto a vida a fugir de mim à velocidade da luz e entristece-me pensar que tudo o que aprendi e usei para tentar ser uma pessoa melhor, não tarda a desaparecer para sempre. Fica-me o sabor amargo da injustiça que foi ter passado a vida toda a aprender e no fim, quando estou a um passo de ser elevado à categoria de sábio, toda a sabedoria acumulada acaba debaixo de sete palmos de terra (ou em churrasco, se escolher ser "cromado" eheheh).
Mas "prontes", enquanto houver estrada para andar, cá estarei para a longa caminhada até aos 500 anos. lol

terça-feira, 6 de março de 2018

E camelos, pá?

Não deixa de ser caricato que uma boa parte do feijão verde vendido nas grandes superfícies, venha de Marrocos, enquanto na barra do Tejo está um navio encalhado carregado com areia, cujo destino é, precisamente, Marrocos.
Ou seja: Marrocos, que fica na orla do deserto do Saará, vende produtos hortícolas a Portugal e, em troca, importa areia, que é uma cena rara no Norte de África.
Um dia ainda nos vamos surpreender, quando Portugal começar a exportar camelos para Marrocos. eheheheheh

"É um navio de carga geral. Está carregado de areia."  ahahahahahah

segunda-feira, 5 de março de 2018

São quase 5 horas da madrugada e...

... não conseguia dormir.
Estas noites mal dormidas deixam-me com tendências suicidas.
Vou ali "suicidar" um acelera que não me deixa dormir e quando voltar para a cama, vou dormir até ao "meio dia da madrugada".

domingo, 4 de março de 2018

Oh S. Pedro, não tenho nenhuma horta nas costas, pá

Percebo que o país está "uma seca" e que a água faz muita falta (nem só de vinho vive o homem eheheh). Mas há quatro dias que não faço uma caminhada, porra. Estou com menos 40 Km nas pernas e nem me atrevo a medir a glicémia. O fim de semana está a ser uma desgraça. É só comer e dormir e não se prevê melhorias para a semana que vem. Saídas só de carro e com esta humidade e parado tanto tempo no mesmo sítio, algum dia começo a ganhar raízes.
E "prontes", vou-me estender outra vez.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Ambiente

Só vou dar alguma credibilidade à conversa da treta dos ambientalistas, quando eles começarem a ir de bicicleta para o trabalho, a jantar à luz de candeias de azeite e a deitarem-se às 21 horas.
Naquela parte que diz respeito às bicicletas, é mesmo irem para o trabalho. Andar aos fins de semana em manada pelas estradas, a empatar os carros que pagam impostos e seguros, não conta. lol