quarta-feira, 24 de junho de 2020

Para o populista Salvador "Mealheiro"

A não ser numa ditadura, como na China, fazer um cerco sanitário a 4 milhões de pessoas, não é o mesmo que fazer o cerco sanitário no concelho de Ovar, que tem 55 mil pessoas.
Mas ele sabe disso, só que, como qualquer populista, diz aquilo que os idiotas querem ouvir, porque dá votos.
Para mim, estes fulanos só tinham uma saída: dava-lhes carta branca para fazerem aquilo que apregoam, com as condicionantes que as leis das democracias impõem. Se ao fim de um mês não obtivessem resultados, atava-lhes um bloco de cimento com 50 quilos ao pescoço e mandava-os nadar até à América.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Quem te manda, sapateiro, tocar rabecão?

Não tenho pretensões a que o meu blog vá tão longe e ainda bem.
Se o pacóvio de Ovar lesse isto, amanhã pedia um cordão sanitário à volta do mundo, exceto na Coreia do Norte. 


quinta-feira, 11 de junho de 2020

Estava a chover...

Os brasileiros dizem que "pão de pobre, quando cai, cai com a manteiga para baixo".
Nós falamos frequentemente com familiares no Alentejo e quando aqui está a chover, lá não há uma nuvem no céu. No Alentejo só chove quando eu vou lá.
Não digo que a chuva não faça falta. Só que eu não tenho nenhuma horta nas costas e se há sete dias por semana, deixem um dia sem chuva quando lá vou.
Fotos (como tinha prometido no post de ontem)?
Peço desculpa mas não levei o fato de homem-rã.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Se não fosse pelo mal que faz, devíamos ficar gratos pelo bem que sabe.


Hoje fomos passear até Sintra. Desde 2017 que lá não íamos. E Sintra fica aqui tão perto. Sem trânsito não demora mais que 20 minutos da minha casa até Sintra. Mas o caminho de Sintra tem um trânsito do caraças, mesmo nos fins de semana e pagar estacionamento, para mim, é sempre dinheiro mal gasto.
Eu sei que gasto mais com outras merdas (no Leroy Merlin, por exemplo), mas detesto pagar pelo estacionamento, pois o carro já paga tantos impostos e nós vamos visitar uma localidade e acabamos por beber um café, comer um gelado ou um bolo, comprar uma recordação e ainda temos que encher o cu aos autarcas?
Vão roubar para a estrada.
Até os cavalos estavam às moscas eheheh

Mas hoje Sintra estava às moscas e para quem goste e possa fazer 500 metros a pé, é uma delícia. E lá está, o que não gastámos em estacionamento, ficou na mesma em Sintra, em cafés e travesseiros.
Estava fresco (quando é que não está fresco em Sintra?), havia muito comércio encerrado, mas não havia a confusão do costume, podia tirar-se uma foto sem ter de esperar que passasse uma procissão de "beefs" e a vila parecia mergulhada na doce calma de outros tempos.
Não conheci a Sintra do século XIX, mas esta Sintra do século COVID-XIX, se não fosse pelo mal que faz, valia pelo bem que sabe.

Amanhã o almoço é num dos sítios do costume.
Não tenho o hábito - nem a necessidade - de fotografar a comida pois, felizmente, para nós ir almoçar fora não é uma novidade para mostrar nas redes sociais. Mas vou, com certeza, tirar e publicar mais umas fotos do Alentejo.



terça-feira, 9 de junho de 2020

As peculiaridades económicas em Portugal

Não tenho bases para dizer que é só em Portugal que a economia tem peculiaridades que me deixam "a bater mal", mas é aqui que vivo e são as nossas peculiaridades que me interessa analisar.
Com certeza muita gente ainda se lembra da crise de 2008/2009 e de como toda a economia se ressentiu, até porque os agentes económicos, que andam sempre atrás de subsídios, faziam questão de nos lembrar todos os dias, que os negócios estavam de rastos. Lembro-me, particularmente, do setor da reparação automóvel, onde os seus representantes faziam a lamúria do costume, sempre que tinham tempo de antena.
Pois é, o negócio estava mau, os clientes não apareciam e, ou o governo dava um subsídiosito, ou as oficinas começavam a mandar trabalhadores para o desemprego. A chantagem do costume.
Porém, Deus nos livrasse de ter uma avaria no carro, pois quando nos dirigíamos às oficinas, que lutavam com ENORMES dificuldades, a resposta era a do costume:
- o quê, um problema de travões? isso nem daqui por três semanas.
Passemos adiante.

Um dos supermercados aqui da minha zona, onde nós íamos às novidades de segunda e quinta-feira, tinha um problema crónico que parecia ter desaparecido com a pandemia, mas que rapidamente voltou ao habitual "deixa andar".
Às segundas-feiras as portas abriam sempre com um atraso de 4/5 minutos. Parece pouco, mas as pessoas que ali vão àquela hora, querem comprar qualquer coisa para o almoço e apanhar o autocarro para o emprego. Autocarro que não espera pelos funcionários do supermercado que chegam atrasados à segunda-feira.
Um dia perguntei à chefe a razão de tais atrasos na abertura, da falta de produtos nas prateleiras e de sacos para o pão e a resposta foi clara e sem margem para dúvidas:
- sabe, às segundas de manhã faltam sempre quatro ou cinco funcionários e nós não conseguimos dar conta do trabalho.
Resta dizer que 90% dos funcionários daquela loja, são oriundos de dois ou três bairros sociais das zonas de confluência de três concelhos (Amadora, Odivelas e Sintra) onde, curiosamente, à segunda-feira o sol só bate ao meio dia.
Ontem, pela primeira vez depois que começou o desconfinamento (gosto muito desta palavra), o referido supermercado voltou ao normal. Abriu com quase 5 minutos de atraso e os funcionários presentes "esfalfavam-se" ingloriamente por manter as prateleiras compostas, enquanto os moradores do bairro social ali ao lado, esperavam que o sol batesse nas janelas por volta do meio dia.

Outra merda que ainda não entendi (deve ser algum problema cognitivo que me afetou por estar tanto tempo em casa) é a razão que levou alguns supermercados a abrirem mais tarde, a encerrarem mais cedo e a meter duas horas de almoço entre as 14 e as 16 horas (foi o que aconteceu nalguns supermercados aqui na zona).
Se a pandemia aconselhava afastamento, tais medidas tinham efeito contrário e as filas para entrar e para pagar, tiravam o ar a qualquer um, mesmo sem o joelho de um polícia estúpido americano, no pescoço. Eu, que fiquei claustrofóbico depois da cirurgia ao pulmão ter corrido mal e salto da cama se a minha Maria entra no quarto e fecha a porta por engano, pela primeira vez tive que fazer de atrasadinho e recorrer à declaração de incapacidade para passar à frente dos outros infelizes que ficavam a olhar para mim de esguelha, porque não tenho nenhum "defeito" visível, como aqueles pais que vão os dois às compras, levam o filho a dormir num carrinho onde só falta o ar condicionado, para serem atendidos à frente de toda a gente.
Agora, que a pandemia nos começou a dar uma folga, o "Coiso Doce", que antes abria às 9:00 e depois passou a abrir às 10:00, há duas ou três semanas começou a abrir às 8:00.
Ou eu ando a comer gelados com a testa, ou estes gerentes de loja tiraram um curso "à pressão" no IEFP.

domingo, 7 de junho de 2020

Ao princípio também cheguei a acreditar, mas agora acho que não...

Uma das caraterísticas que define os estúpidos, é continuarem a fazer a mesma coisa e esperarem resultados diferentes.
O vírus pode ter alterado pequenos pormenores do nosso quotidiano, mas não se muda de sistema económico em dois meses. E como o sistema económico continuará a ser o mesmo após a pandemia, só os estúpidos é que esperam mudanças profundas no país e no mundo.
É como estes otários. Acham que meter o sofá num Ford Fiesta não depende do tamanho (do sofá e do carro), mas das tentativas que fizerem.


sexta-feira, 5 de junho de 2020

Acho bem!

O governo não vai multar ninguém por não cumprir as distâncias de segurança nas praias. É proibido, mas não há multas.
Acho uma ideia genial até porque não estou a imaginar ninguém a levar a fita métrica para a praia. E se até nem era difícil medir os 3 metros entre chapéus, já medir 1,5 metros dentro de água seria quase tão difícil como medir a mesma distância (1,5 m) entre o nosso carro e o ciclista que estamos a ultrapassar. Só que aí, se atropelarmos o ciclista, somos mesmo multados.

Outra medida muito interessante é aquela cena de instalar uma APP no smartphone para saber se a praia ainda tem lugares livres. Interessante para os rapazes loiros que costumam desencadear os arrastões na praia de Carcavelos. Com mais pessoal a levar o telemóvel para a praia, vai ser um bom incremento para o negócio dos telemóveis em segunda mão.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Carneirada não, obrigado

Quem me conhece em carne e osso e mesmo algumas pessoas que só me conhecem da "blogolândia" e das redes sociais, sabe que sou um pouco "bicho do mato". Não me sinto à vontade em grandes ajuntamentos, não partilho a minha vida pessoal com muita gente (mesmo com as mais próximas), gosto de viver na minha bolha e não adiro facilmente a correntes de espécie nenhuma. Só me filiei uma vez numa coletividade do bairro, nos tempos em que não havia muitas diversões para além dos bailaricos. Fartei-me depressa, depois de constatar que os membros da direção da coletividade, que se queixava de falta de tempo e dinheiro para organizar eventos culturais, ficava até de madrugada na sede, a jogar à batota. Deixei de pagar cotas e terminou ali a minha única e curta experiência coletiva.
Quando comecei a andar aqui pela blogolândia, tive alguns convites para participar noutros blogs e cheguei mesmo a ser convidado para um evento onde bloggers de todo o país e arredores se reuniram num pavilhão. Era gente a mais para mim e corria o risco de levar algum encontrão que me rebentava "a bolha" e lá ficava eu exposto a uma multidão de desconhecidos, com os quais, provavelmente, nada tinha em comum, a não ser um blog simples e despretensioso.
Mais tarde começaram a aparecer as redes sociais, com o Facebook à cabeça e "abri-me" um pouco mais. Abri-me demais a demasiada gente que, à mais pequena contrariedade, se veio a revelar de uma hostilidade e injustiça indescritível. Dei-me mal e voltei a fechar-me na minha bolha. Encerrei aquela conta onde outrora tinha dado a conhecer a desconhecidos, uma parte importante da vida familiar. Não que tenha algo a esconder, pois a minha vida é um livro aberto, mas porque acho que não tenho o direito de expor a família a estranhos e até a alguns menos estranhos. O meu blog e as redes sociais que frequento, sou eu. Refiro-me frequentemente "à minha Maria", que foi a forma carinhosa como alguém desses tempos de abertura se referiu "à minha Maria". Falo em abstrato sobre coisas banais da vida, mas não me sinto com vontade de voltar a expor a família num meio que, por vezes, se torna tão cruel e injusto, que até dói.
Mas não era bem disto que eu vinha falar. O que vinha aqui dizer, é que, não sendo muito dado a carneiradas, sou absolutamente avesso a determinadas correntes que se geram nas redes sociais e raramente partilho as merdas que me vão aparecendo. Não acredito nos apelos às santinhas para acabar com o coronavírus, sobretudo vindos, muitas vezes, de pessoas que têm uma certa aversão a água e sabão e que nas lojas gostam de andar às cavalitas de quem está a ser atendido. Não partilho nada, porque não acredito que a maior parte daquelas pessoas tenha a menor noção do que estão a partilhar. Já vi comunistas a partilhar e a aplaudir o Ventura, quando no dia anterior se tinham inflamado todas na defesa da comunidade cigana. Assim como não acredito nos que, desde ontem, se têm dedicado a publicar tarjas negras como uma manifestação de anti-racismo. Nós temos que ser anti-racistas todos os dias, mas é nas atitudes. Não precisamos de andar com um chocalho a apregoar civismo, quando no dia-a-dia o nosso comportamento desmente todas as partilhas que fazemos nas redes sociais.
E para terminar, que o texto vai longo e a esta hora o pessoal já foi todo ver a novela, deixo-vos com uma imagem da minha publicação de ontem, no Facebook.


terça-feira, 2 de junho de 2020

O tema é recorrente...

Não sei o que se passa na casa dos outros, nem me interessa, pois a minha vida já me dá muito que fazer, mas na minha casa "a minha Maria" não é tratada como a empregada para todo o serviço e, por isso, não tem motivos para chegar ao estacionamento a pensar nas 10 mil coisas que ainda tem para fazer.
Eu nunca ajudei a minha Maria em nada, simplesmente porque não me assumo como seu ajudante. Não temos tarefas definidas para cada um, mas cada um faz o que estiver por fazer. Nós não partilhamos só a cama: partilhamos tudo, incluindo ideias. Se eu, que até já estou reformado e tenho mais tempo livre, achar que a casa precisa ser aspirada, eu aspiro a casa. Se o chão precisar de ser lavado, eu pego na esfregona e lavo o chão. Faço tudo o que for necessário fazer em casa, sem precisar de regras impostas nem de tarefas destinadas. É assim vai para 42 anos e assim continuará até que a morte nos separe.
Se gosto de me "encostar"? Claro que gosto. Quem é que não gosta de ficar espojado no sofá enquanto o outro cumpre as tarefas domésticas? Mas isso, cá em casa, não é uma norma. E raramente tiramos um fim de semana para tratar da casa, porque eu vou fazendo o que posso para chegar a sábado e podermos pegar no carro e irmos laurear a pevide ou, se não nos apetecer sair, ficarmos a procrastinar cada um no seu canto.
E quanto ao estacionamento, aqui também está difícil, sobretudo durante a pandemia, com quase toda a gente em casa. Por isso ela, quando regressou ao emprego, após três semanas em teletrabalho, decidiu entrar e sair meia hora mais cedo e eu, todos os dias desde que esta crise se instalou, saio de casa 10 minutos antes dela chegar e vou procurar um lugar de estacionamento para que ela não tenha que andar às voltas na urbanização. Não faço isto por ela ter 10 mil coisas em que pensar ou que fazer, nem o faço como uma obrigação. Faço-o porque sou assim e porque sou assim, quando vejo as mulheres a lamentarem-se por terem sempre que fazer tudo e pensar em tudo, fico com a sensação de que muitas delas devem ter encontrado os maridos nos perdidos e achados ou, em último recurso, no aterro sanitário.
Nós não andámos à procura um do outro. Já morávamos na mesma rua... 

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Mitos urbanos

E elas é que reparam nos pormenores? 
É mentira. 
Ela chega do emprego e tem três lugares de estacionamento seguidos. 
Adivinhem onde é que ela vai estacionar. 
No lugar que fica diretamente por baixo do poste de iluminação onde as rolas da Índia (que aqui na zona são uma praga) se vão "prantar" antes das 6:00 horas da manhã, a cagar em cima dos carros.