segunda-feira, 16 de novembro de 2020

A minha alma está parva

 Hoje, a primeira notícia que ouvi na RTP3, foi que a carta de condução vai passar a ser em formato digital e é para trazer no telemóvel. Até nem é uma má ideia, desde que deem a possibilidade de pedir a carta no modelo físico habitual, pois nem todos os velhos, como eu, têm telemóvel compatível. Tomáramos nós que eles aprendam a não entrar nas autoestradas em contramão.

Assim, as brigadas de trânsito, que já andam equipadas com internet móvel (e com Multibanco, que eu já uma vez paguei 120€ por excesso de velocidade, e foi logo ali, para não perder tempo), para poderem confirmar a veracidade e validade da carta.

Até aqui tudo bem, o problema da carta virtual é que se formos mandados parar por um agente, sei lá... por atropelar uma velha, por exemplo, os agentes não vão andar todos equipados com internet e, nesses casos, vamos ter um prazo para apresentar a carta numa esquadra.

Quer dizer, o polícia é que não tem o equipamento necessário e nós, que já tivemos o trabalho de atropelar a velha, ainda vamos ter que nos deslocar à esquadra.
Faz lembrar a grande vantagem de podermos "encomendar" o Cartão de Cidadão pela internet e a seguir ficarmos seis meses na fila para o ir levantar.
Ou como na ADSE, que podemos mandar os recibos pela net, em formato JPEG, mas a seguir temos que ir aos CTT despachar os originais.
Acho que se o Estado se quer informatizar, primeiro tem que mandar a brigada do reumático para a reciclagem.
Com as velhas de bigode, que continuam a andar pelas repartições a ocupar espaço, é mais fácil regredirmos à idade da pedra lascada, do que informatizar os serviços públicos.

Não sei se é por causa do confinamento, mas cada dia que passa, fico ainda mais embirrante. eheheh

domingo, 8 de novembro de 2020

Não, ainda não morri

 Pois é... há quase meio ano que aqui não vinha e sei que vocês devem estar cheias/os de saudades minhas (cof cof cof). Também não fui (ainda...) infetado pelo vírus. A razão (ou razões) para ter abandonado este barco, é que comecei a perder a paciência para ler e escrever. Hoje, as minhas atividades nas redes sociais, limitam-se a textos curtos e "piadas secas" no Facebook e no Instagram. Não que me tenha tornado fã, mas como passei grande parte da pandemia espojado no sofá, habituei-me ao smartphone (depois de adquirir um com alguma capacidade) que, como sabem, não é a melhor ferramenta para escrever e ler textos grandes.
Assim, vou tentando esquecer o tempo para sempre perdido, sem muita esperança de que esta merda um dia volte ao normal. Começo a ter pesadelos acordado e a imaginar o fim do mundo apocalítico dos filmes de ficção dos anos 70/80, com os febris sobreviventes à covid a matarem por um BEN-U-RON 500.
Meu Deus, antes pegar num fogareiro e ir assar frangos para a Amazónia. 

E "prontes", por hoje é tudo. Espero encontrar-vos aqui lá para a primavera, devidamente vacinados e imunizados.