quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O regresso da múmia

Podia ser o título de um filme, mas não é. É o regresso do imbecil que dantes fazia tabu de tudo e não falava e agora foi dar uma aula de estupidez natural aos laranjinhas.
Entre as baboseiras que lhe saíram pela entrada da retrete, chamou-me a atenção a regressão do Cavaco a 1917, quando falou na "revolução socialista".
Opá, até o Mário Soares meteu o socialismo na gaveta há mais de 40 anos e tu acordaste agora para a revolução socialista?
Vai ver se chove. Vai ver por onde andam os amigos a quem deste o dinheiro vindo da Europa, para o desenvolvimento do país e que foi gasto a encerrar empresas, a "afogar" as pescas e em subsídios para os agricultores comprarem jipes de luxo, em vez de andarem a plantar nabos.
Mandei eu abater a minha "patuda" por estar senil e não há quem mande abater esta besta mumificada.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Não há quem ature este povo

Se não chove, reclama da seca; se chove, reclama das inundações.

Tem andado todo o mundo a pedir chuva, mais que não fosse para ajudar a apagar os fogos florestais. Porém, S. Pedro faz uma mijinha e, aqui d'el-Rei que vem aí um dilúvio, porque os senhores autarcas andam entretidos com a campanha eleitoral e não tiveram tempo de mandar limpar as sarjetas que, seco como tem sido este ano (as plantas do meu jardim suspenso da varanda do 2º andar, deram início à queda da folha logo em meados de julho), obviamente não iam lidar melhor com as trovoadas molhadas do que a Proteção Civil lidou com as trovoadas secas de Pedrógão.
Por isso não percebo onde é que está a anormalidade das inundações. Ainda mais quando a notícia do DN, dá conta de que as zonas mais afetadas com situações de inundações, foram a Alameda dos Oceanos, Cais das Naus, Rua da Ilha dos Amores ou Rua Comandante Cousteau. Tudo artérias cujo nome está, de algum modo, relacionado com a água. Já no que diz respeito à Estrada do Calhariz de Benfica e Estrada de Benfica, não encontro relação plausível, a não ser na água que "O Glorioso" meteu no sábado em Vila do Conde. eheheheh

domingo, 27 de agosto de 2017

O tempo não cura tudo...

Dizem que o tempo tudo cura, mas não é verdade. O tempo apenas nos distancia das coisas que, de algum modo, nos fizeram sofrer e, como a erosão nas rochas, apenas deixa ver as formas ténues daquilo que já foram sulcos profundos na alma.
O tempo não cura, mas encarrega-se de nos encher o caminho com novos e mais pesados pedregulhos que nos ocupam tanto a existência, que ficamos sem tempo para pensar nos grãos de areia que outrora nos emperraram a engrenagem.
O tempo dá-nos a distância necessária para termos uma visão global da vida, sem ficarmos obcecados com pormenores mal resolvidos, com a vantagem de percebermos que nada do que façamos agora, irá alterar o passado.
O tempo permite-nos relativizar os problemas, de tal modo que a perda de um amor ou de um amigo que, num determinado momento, nos parecia ser a perda de uma vida, hoje não ser mais do que a recordação de más opções que tomámos e, no fim, chegamos à conclusão que nem perdemos assim tanto.
As pessoas não se perdem: se partiram de livre vontade e as deixámos partir, sem luta, então não eram assim tão importantes. Insinuaram-se na nossa vida e marcaram-nos, mas não se souberam agarrar com força suficiente para resistirem à voragem. Porque a vida é um turbilhão que nos arrasta e só nos seguem os que estão seguros pelo coração.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

U quec agente tem com isso?

Houve eleições em Angola. E daí? Mesmo que ninguém soubesse antecipadamente (e toda a gente sabia) que o MPLA ia ganhar, que interesse é que isso tem para as televisões portuguesas ocuparem os primeiros 30 minutos dos telejornais, com as eleições em Angola?
Querem falar de "barrotes queimados", falem dos incêndios em Portugal. eheheheheh

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Nunca desejei tanto o fim do verão

Estou cansado deste verão. Este que foi o verão do nosso descontentamento, por diversos motivos e mais um, o desaparecimento da Nina, parece nunca mais acabar. São os incêndios por todo o lado; é este calor sufocante que tudo seca à sua passagem; são os tons pardos dos campos por onde não vou passear mais com a minha "menina"; é a seca, esta maldita seca que está a matar o país à sede. Tudo neste verão me desagrada. Fizemos planos para uma semana de praia, mas após o primeiro dia, o filhadaputa do tempo seco deu lugar a céu  nublado, vento e chuva com a já tradicional mistura de areia. É verdade,  não me lembro de um ano com tantas massas de ar vindas do deserto do Saará. Os carros acabados de lavar, no dia seguinte estão todos cagados de areia. Se o verão não acaba depressa, um dia destes ainda chovem camelos.
Estou cansado do verão. Arrepia-me pensar que já não falta assim tanto tempo para começarem os dias cinzentos, que abomino, mas um outono fresquinho, com o cheiro a castanhas assadas a invadir a atmosfera, até que vinha a calhar. Sei que vou mudar de ideias logo nas primeiras chuvadas. Sei quão deprimente é ver os dias a encurtar (hoje às 6 horas da manhã ainda era noite). Mas preciso de uma mudança urgente na minha vida. Preciso de começar a ver despontar os primeiros rebentos verdes, preciso sentir o vento fresco na cara e de ter para onde ir sem ver erva seca ou mato queimado. Preciso de voltar a acreditar que a vida é feita de ciclos e que esta fase má vai voltar a dar lugar à esperança.
Estou cansado. Chego à noite com as pernas e os pés doridos, mas no dia seguinte parto para mais uma caminhada sem destino nem hora marcada para o regresso. Ando à toa e, não sei se já perceberam, estou cansado do verão. Deste verão do nosso descontentamento.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Por onde anda este sorriso, Nina?!?!?!

No fim de semana pediram-me para tomar conta de uma cadela com cerca de 5 anos. Foi um animal adotado do canil municipal por uma madrinha empenhada na "saúde mental" do afilhado de 13 anos, um mariquinhas que tinha medo de cães. Não resultou. O mariquinhas hoje tem 18 anos, usa alargadores nas orelhas e não passa cartão à cadela que está entregue aos avós e vive praticamente encerrada num armazém.
Quanto ao mariquinhas, acho que o que ele precisava era de um moçambicano que lhe alargasse o buraco do cu e lho deixasse da largura dos buracos que tem nas orelhas. O puto parece um aborígene da Papua-Nova Guiné.
A cadelinha é um doce, mas muito assustadiça. Não pode ouvir um carro ou uma bicicleta, que fica assustada. Em dois dias consegui fazê-la obedecer à ordem "senta". Faço muitos quilómetros com ela (que estava habituada a atravessar a rua duas vezes por dia) e já começa a "adotar-me" como dono. Hoje entreguei-a à minha Maria enquanto arrumava o carro e ela quase levava a Maria de rastos quando me viu ir embora. 
Amanhã os donos voltam e recomeça a prisão perpétua para um animal que teve o azar de ir parar a uma família de grunhos.
Porém, se algo de positivo se pode tirar desta minha experiência, é a certeza de que não quero mais nenhum cão. O animal que eu queria era a Nina, mas essa já não existe, apesar de eu continuar a ouvir os passos dela pela casa e a vê-la por todo o lado onde vou, porque ela andava sempre comigo. Foram 17 anos de uma cumplicidade como nunca tive com nenhum ser humano. A minha Maria diz-me que eu estou a sentir mais a morte da Nina do que senti a morte da minha mãe. É natural, eu já não vivia com a minha mãe há mais de 30 anos e mal me apercebi da sua morte. Eu estava a morrer em Stª. Maria com uma bactéria resistente, na sequência da operação ao tumor do pulmão, quando a minha mãe entrou com um enfarte. Foi uma fase da minha vida onde existem muitas lacunas e a morte da minha mãe foi algo de que só me vim a aperceber com o passar do tempo. Com a Nina fui eu que tomei a decisão de a levar para a morte, enquanto ela se agarrava a mim e à vida.
Quanto mais convivo com a minha nova amiga de quatro patas, mais convicto fico de que não há um ser ao cimo da Terra que consiga preencher o lugar que a Nina deixou no meu coração.
Amanhã esta nova amiga volta ao degredo, até que numas próximas férias ma voltem a entregar (ou não...), mas a minha Nina nunca mais vai voltar. E "nunca" é demasiado tempo para quem sente o tempo a escoar-se como areia fina, por entre os dedos.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Deixem-me jantar descansado, porra!

Estava a jantar e, depois de ter gramado com os últimos 5 minutos do Preço Certo, eis que começa o direito de antena. Adivinhem de quem era o direito de antena de hoje (dia 17-08-2017)?
Do PSD, pois claro. Como se não bastasse aturar o gordo do Preço Certo, eis que surge Passos Coelho com a ladainha a que, passados quase dois anos das últimas eleições, nem ele acredita nela.
E foi aí que eu pensei:
Estar um homem, nem que sejam 30 segundos, tipo coelho, em cima de uma mulher, para fazer um aborto destes, mais valia meter a pila no buraco de um tijolo, ou numa abóbora...

Está explicado o "J"

É de Jumento


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

De tão vulgarizadas...

... as notícias sobre fogos florestais, são como aquelas músicas foleiras que nos entram no ouvido logo ao acordar e ficam o dia todo a martelar na cabeça.
Já dei para esse peditório. Quando acabarem os eucaliptais e pinhais a perder de vista, os fogos apagam-se por si, porque não há mais nada para arder.
Até no Alentejo já há eucaliptos...

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Ninguém tem pena das putas?

Que quem já é pecador 
sofra tormentos, enfim! 
Mas... e as putas, Senhor, 
porque lhes dais tanta dor?!... 
Porque padecem assim?!.

Há mais de um mês que não se fala em mais nada do que nos incêndios. Porém, no meio de tanta desgraça, fala-se das galinhas que se perderam, das vacas que, ou morreram, ou ficaram sem pasto, das famílias que ficaram sem casa, dos postos de trabalho que se perderam nas serrações, mas delas, das pobres putas, ninguém fala.
Há pouco estava a ouvir, no telejornal, as notícias sobre os incêndios na zona da Mealhada e Cantanhede. Foi imensa a área ardida, foi inglório o empenho de centenas de bombeiros mas, ninguém falou dos postos de trabalho que se perderam nas matas entre o Luso e Cantanhede, nem das cadeiras de plástico ressequido e dos chapéus de sol manchados de ferrugem que já ninguém leva à praia. Foram elas, as pobres putas, que lhes deram uma segunda oportunidade de serem úteis, no entanto ninguém fala delas. E algumas são raparigas cultas, que eu bem as vi, quando há dois anos tirei uma semana de férias no Luso, a lerem de manhã até ao fim da tarde, sentadas nas suas cadeirinhas "recicladas".
E vou mais longe: se o Cristiano Ronaldo merece um busto e o nome num aeroporto que, diga-se em boa verdade, em dias de vendaval tem menos utilidade do que as putas da Mealhada/Cantanhede, não faziam favor nenhum se colocassem uma estátua naquelas matas calcinadas pelo fogo, em homenagem àquelas trabalhadoras independentes que fazem mais mudas de óleo por dia, do que as oficinas da "Midas" num mês inteiro.
E agora que os pinheiros e eucaliptos já não podem oferecer a sombra e o recato a estas profissionais da estrada que perderam o posto de trabalho, bem podiam as autarquias pedir tendas de campanha ao Exército, ou à Cruz Vermelha e montar um bordel ambulante.

Recompensa

Ela era mesmo assim...



Fotos aqui

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Há um vendaval na minha vida

Já perdi a noção de quando começou a ventania. Foi há muito tempo. Praticamente desde que começou o verão que o vento não pára por aqui.
O vento deixa-me deprimido (como se eu precisasse de vento para andar deprimido...). O vento deixa-me em sobressalto e com mau presságio, como se algo de muito mau estivesse para acontecer, mesmo depois de algo de muito mau já ter acontecido.
Eu continuo sem saber muito bem o que fazer da vida. Ouço os passinhos e ouço aquela respiração pesada dos últimos dois anos. Levanto-me cedo e vou caminhar para castigar o corpo, mas nem o cansaço me alivia esta tristeza no coração. Para qualquer lado que vá, "vejo" sempre a minha amiga a saltar, porque ela ia para todo o lado comigo e agora eu vou sozinho para todo o lado.
Há dois dias que estou a fazer a compilação das fotos dela que acabei de colocar no Google Fotos. Talvez não seja boa ideia, pois ainda está tudo muito presente e cada foto que vejo deixa-me a morrer de saudades. Mas não quero deixar que o tempo apague as memórias de um tempo que sei nunca mais voltar. Não posso pensar que a minha menina já não existe. Quando abro um pacote de bolachas na cozinha, estou sempre à espera que ela apareça à porta, com aquele ar de gulosa irresistível. Depois caio em mim e perco o apetite.
Faz amanhã quinze dias que tomei a decisão mais difícil da minha vida. Quem é que me deu o direito de acabar com uma vida? Bem sei que ela estava a sofrer, mas eu também estou a sofrer e ninguém me vai mandar matar por isso. Ela queria viver. Via-se nos olhinhos embaciados pelas cataratas que queria continuar a viver. Queria subir-me para o colo. Apesar das pernas já mal responderem aos estímulos, queria trepar para o colo do carrasco...
Foda-se!

Não tenho a certeza se com este link conseguem ver as fotos.
Digam-me se conseguem.

https://goo.gl/photos/4EHv8J6yVe6wuDBs6

O cúmulo da indolência

Se o atendimento nos cafés tivesse o mesmo ritmo da cafetaria do Pingo Doce do Strada Outlet (Odivelas), em menos de um mês estavam falidos.
Nunca vi tanta indolência junta. Em qualquer café, pedimos uma bica e um pastel de nata e, a mesma pessoa, enquanto põe o café a correr vai buscar o bolo e em 30 segundos o cliente está atendido.
Aqui, no Pingo Doce de Odivelas, tanto faz serem homens como mulheres, parece que são escolhidos a dedo. Andam, no mínimo, três avantesmas a tropeçar umas nas outras (o normal é serem cinco lol). Uma está na caixa e, depois de receber, coloca o pedido num tabuleiro e passa o serviço a outra que vai buscar o bolo à vitrina enquanto uma terceira fica embasbacada a olhar para a máquina à espera que o café saia.

Quando eu trabalhei numa grande, do ramo da metalomecânica, os gajos que não serviam para mais nada acabavam a arrancar erva na calçada, ou a limpar retretes.
Neste Pingo Doce mandam-nos para a cafetaria.
- Não queres vergar a mola, ou não sabes fazer a ponta dum corno, vais ali para a cafetaria e não chateeis.
Ontem entrei e, por saber o que a casa gasta, fui logo tirar a senha. Tinham chamado o número 99 e eu tirei a senha 111. Pensei:
- Pronto, está o caldo entornado.
Peguei num cesto e fui às compras. Dei umas duas voltas ao supermercado e quando voltei tinham atendido duas pessoas. Apenas duas pessoas. "A minha Maria" uma vez foi lá com as colegas e esperaram 35 minutos pelos café e respetivos pastéis de nata, mas eu não tenho paciência para tanto. Rasguei a senha e vim embora, porque menos do que isso demoro eu a chegar a casa, a pé.
Juro que da próxima vez que isto aconteça, vou procurar alguém responsável que tire os ovos debaixo dos braços daquela gente.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Andamos muito "viajeros"

Como nos disse, há uns anos, a senhora do Camping em Saravillo (Pirenéus), onde costumávamos pernoitar a caminho de França, andamos muito "viajeros".
A verdade é que não aguento estar em casa a deprimir e no sábado abalámos um pouco sem destino. Almoçámos perto de Alcobaça e a seguir fomos, pela primeira vez, visitar Leiria.
Foi uma agradável surpresa para quem costuma passar pela N1, sem parar porque, vista de longe, Leiria parece mais uma metrópole sem interesse e não é, de todo.
Passámos a tarde a andar pela zona histórica, fomos ao castelo (onde, pela primeira vez, paguei  bilhete sénior... é estranho lol), voltámos pela espetacularmente bem tratada margem do Liz e acabámos do outro lado da cidade, junto à igreja da Encarnação que, vista do castelo, parecia algo inacessível. Afinal era mesmo ali e o passeio pelo parque junto ao rio, tornou a distância ainda mais curta.
Apreciem as fotos.















sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Toca o telemóvel e...

- Estou?...
- Boa tarde, o meu nome é Pau Mandado e estou a falar da empresa “Gestobosta”. Estou a ligar para fazer um inquérito bla, bla, bla…
- Desculpe, primeiro diga-me onde é que foi buscar o meu número de telemóvel?
- A nossa empresa sorteia núm…
- Então veja lá se é capaz de sortear os números do Euromilhões e depois fale comigo, que agora tenho mais que fazer.
A última coisa que ouvi, antes de desligar, foi uma gargalhada. É… o tipo achou piada ao modo como corri com ele.

Estas “empresas” da treta não têm razão de existir. São uma cambada de vigaristas que “sacam” o nosso número de bases de dados onde vamos parar quando damos o número de contacto, seja à nossa fornecedora de Internet, seja nas lojas onde ficaram de nos entregar um eletrodoméstico e só existem porque nós atendemos o telefone e dispomo-nos a responder a “inquéritos” cuja única finalidade é vender-nos merdas de que não precisamos para nada.
Vamos levar estas empresas à falência. Vamos deixar de atender chamadas onde nos oferecem este mundo e o outro, porque, meus amigos, ninguém dá nada a ninguém sem uma contrapartida.
Não atendam chamadas de gente desonesta, que conseguiu o vosso número de forma, senão ilegal, pelo menos pouco ética.

Já agora, deixem de comprar aqueles remédios da treta, anunciados na televisão e vendidos apenas pelo telefone. Todos os estudos oficiais dizem que o nosso organismo vai buscar aos alimentos todo o cálcio de que necessita e quando isso não acontece, porque envelhecemos e "a máquina" já não consegue processar o cálcio, não adianta tomar suplementos, pois estes não são assimilados pelo organismo e vão direitinhos à bexiga e à tripa cagueira e daí diretamente para a sanita.
Ninguém precisa de "Calcicaca", feito à base de barbatana de tubarão. E os tubarões estão entre as espécies em vias de extinção.
Não queiram participar neste extermínio.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Estou a ficar senil.

Hoje saí cedo para a caminhada e uma ida ao LIDL. Voltei por volta das 10 horas e reparei que não tinha bebido café. A seguir fiz um pequeno lanche (que os meus diabetes têm de ser bem alimentados) e comecei a sentir um cansaço, uma sonolência, que optei por me encostar no sofá, a jogar no tablet, em vez de voltar a sair (vantagens de ter férias prolongadas...). Não aguentei 5 minutos sem adormecer. Acordei depois do meio dia, mas tinha tanta vontade de me levantar como de ver as tripas de fora.
Depois de almoçar, quando estava a tirar o café, é que dei por falta de duas chávenas sujas no lava-loiça. Tinha voltado a esquecer-me de beber café, no "lanche" das 10 horas, o que significa que andei toda a manhã sem cafeína e explica toda esta sonolência.

P.S. Mesmo agora, enquanto escrevia o texto, ouvi-se a respiração "pesada" da Nina, aqui ao lado, onde costumava estar a cama dela...

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Mundo redondo de gente quadrada

Desde que sou “consumidor” de notícias online que me venho a aperceber que o nosso mundo redondo é um viveiro de gente quadrada e iletrada. Pessoas incapazes de entender um texto simples, que fazem comentários absolutamente descontextualizados e interpretações imbecis de qualquer figura de estilo escrita pelo autor da notícia, ou por algum comentador menos obtuso. Numa parada de acusações dignas de crianças de uma escola primária para deficientes mentais profundos, geram-se discussões inflamadas acerca de nada, que descambam num chorrilho de impropérios e acusações descabidas de sentido.
Raramente me deixo enredar neste tipo de discussões. Mesmo naquelas situações onde a imbecilidade ultrapassa todos os limites, prefiro dar uma resposta irónica e deixar o imbecil a falar sozinho, como aconteceu no exemplo que vou dar.
Há dias surgiu uma notícia sobre um caso ocorrido no edifício da EDP, em que cerca de 20 pessoas tiveram de ser assistidas pelo INEM, devido a queixas de náuseas e irritações da pele, em que me limitei a fazer o seguinte comentário, em meu entender, completamente inofensivo:

Eu também costumo ficar agoniado, mas é quando recebo a fatura da EDP.

Pois houve logo um energúmeno que viu nisto um motivo de ofensa às vítimas e reagiu com mais azia do que os adeptos do “zportem” e do FCP, todos juntos.

“Comentário de mau gosto com total desprezo por quem lá trabalha. Se fosse você ou um seu familiar teria mais respeito.”


Eu confesso que não tenho paciência para explicar a esta gente algo que eles nunca iriam entender e em vez de alimentar mais polémicas, deixei uma resposta sem margem para resposta e a indicação ao fulano para que seguisse este link.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Adotei um novo animal

O meu novo animal de estimação é uma osga idêntica à da imagem.


A foto não é minha, porque ela é muito tímida.
Anda por aqui há uns anos, mas raramente se deixa ver mais do que o tempo necessário para passar de um vaso para o outro.
Outro dia andei a fazer alterações no "jardim" e, por duas vezes, quando ia a pegar nos vasos, sentia uma coisa a mexer na mão e ela saltava assustada.
Agora que tenho mais tempo, vou tentar domesticá-la e, quem sabe, um dia destes vão-me ver na rua com a minha osga pela trela.

Queria aproveitar para agradecer a todas as pessoas que aqui vêm e me têm aturado a nostalgia.
Hoje fui doar as coisas da Nina, Levei camas, almofadas, medicamentos, corta-unhas, trelas, coleiras e o resto da ração (e mais dois sacos que fui comprar de propósito) ao canil municipal, que não abate animais. Tinha dito que deitava tudo fora, mas a minha "Maria" convenceu-me a doar. Claro que a senhora tentou convencer-me a adotar outro animal, mas eu faço as contas e penso que daqui por 15 ou 16 anos, se ainda andar neste mundo, provavelmente nem estou capaz de tomar conta de mim, quanto mais de um animal.
Talvez esteja a ser demasiado egoísta, mas a vida está a ficar cada dia mais curta e quero aproveitar o que resta sem mais desgostos.
Sinto que ao decidir pôr fim à vida da minha amiga, traí a confiança que ela sempre depositou em mim e isso deixa-me na merda... ou faz-me sentir uma merda...