Opáááá, estou tão orgulhoso de mim...

Andei a semana toda no biscate. Foi o resguardo para o fogareiro, foi substituir os candeeiros da varanda, foi arranjar a prateleira da arrecadação que ameaçava cair em cima dos cornos de alguém, ainda me fartei de caminhar e de cozinhar e chego a sexta-feira com o cantinho da arrecadação onde tenho uma espécie de oficina, num "brinquinho". É verdade que passei a tarde em arrumações e limpezas, é verdade que a casa e eu cheiramos a petróleo (eu gosto de limpar tudo com petróleo, gosto do cheiro do petróleo e só não tomo banho com petróleo porque à noite podia pegar fogo à Maria lol). Só é pena que dentro de dois ou três dias, metade daquelas ferramentas esteja em cima da "bancada". "Bancada" que, em tempos, foi a parte de baixo de um móvel da sala. 😜

Tenho andado tão entretido que nem me tenho lembrado que está a chegar o mês da "revisão anual". Só hoje, quando cheguei do Leroy Merlin (Leroy Merlin é como um bordel onde eu estoiro todos os meses metade da reforma lol) encontrei o carteiro com duas cartas para mim. Pensei logo: hmmm, duas cartas?... ou é foda, ou canelada. Ou mais uma multa.

Vá lá, desta vez safei-me. Uma é do meu oculista a dar-me os parabéns (ainda não abri, porque só faço anos terça-feira e parabéns adiantados, dá azar). Outra é do hospital, com um termo de responsabilidade para ir fazer as TACs ao IMI, porque o hospital não tem vaga. Isto de ser doente oncológico no Centro Hospitalar Lisboa Norte, tem algumas vantagens. Não sei como é nos outros hospitais, mas aqui, quando não podem fazer os exames no hospital, mandam fazer no privado. Mesmo quando surge alguma coisa que tenha que ser reavaliada, é rápido. Por exemplo: colonoscopia foi menos de uma semana, ressonância não chegou a um mês e RX é na hora, sem marcação.

Porra, cada vez me sinto mais inútil. Só ando cá a dar prejuízo ao Estado, a consumir oxigénio e a ocupar espaço...