quarta-feira, 27 de março de 2019

Saudavelmente maluco...

... sim, foi isso que me chamaram num comentário ao último post e com o qual eu tenho de concordar.
Tive um chefe que me confidenciou que eu era um dos dois ou três funcionários da oficina, em quem depositava maior confiança. Em qualquer trabalho (individual ou em equipa), sabia que chegava ao fim do dia com a produção cumprida e o meu trabalho quase nunca tinha peças para a sucata. E uma vez ele ia sair mais cedo e eu disse, na brincadeira:
- Oh chefe, não se esqueça de me deixar a chave da oficina. lol
Ao que ele respondeu:
- Do mesmo modo que confio no teu trabalho, também te confiava a chave da oficina e até de minha casa. O meu problema contigo não é falta de confiança. É que tu já tens idade para ter juízo (já tinha vindo da tropa e era casado), mas passas o dia na puta da brincadeira. Eu estou no escritório e não há um dia que não te apanhe a "regar" um colega que vai a passar, a atirar trapos molhados a outro, ou a "cagar" os manípulos das máquinas com massa lubrificante.
O que ele nunca soube - deve ter desconfiado, mas não tinha provas - é que fui eu o gajo que meteu uma "beata" a arder no bolso do parvinho da oficina e que ele, chefe, tinha prometido mandar para a rua se descobrisse quem fez aquele bonito serviço. Só houve um colega que se abeirou de mim e me disse ao ouvido:
- Cabrão, só podias ter sido tu. 😇
Hoje tenho uma censora em casa que também não acha muita piada a algumas coisas que faço, sobretudo a cenas que escrevo. Por isso é que não sabe (julgo que não sabe...) da existência deste blog e quando publico alguma maluquice no Facebook, bloqueio-lhe o acesso.
Uma vez, na primária, a professora depois de me ter dado um par de chapadas e me pôr de castigo, sozinho na última fila, acabou por me meter de pé uma data de horas ao lado do quadro. Mas, por fim, não conseguia conter o riso com tanta parvoíce e mandou-me sentar com duas reguadas muito suaves, só para manter o respeito. Tinha que dar o exemplo, até porque tinha sido eleito, há pouco, o melhor aluno da turma, pelos colegas, num sorteio onde ganhei um livro de "histórias da carochinha", ou coisa que os valha, que já não "malembro". eheheh.

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