Sinto-me um Pirilampo Mágico

Hoje passei a manhã no hospital. O exame não custa nada (cintigrafia óssea), mas começou às 10:30 com uma injeção de cálcio radioativo na veia, a seguir mandaram-me passear e beber um litro de água e voltar às 12:30. Como diriam as repórteres da RTP, o exame "acabou por acabar" quase às 14:00 horas.
Cheguei a casa cheio de fome e a brilhar no escuro, como o pirilampo mágico. Com tanta radiação, um dia destes vou-me candidatar a candeeiro de rua.
Ando com o sistema nervoso capaz de me fazer explodir sem rastilho (se não conseguir o lugar de candeeiro, pode ser que me aceitem como homem-bomba lol) e, à conta disso, não consigo controlar a diabetes. Hoje estou com a vista desfocada, que mal consigo ler o que escrevo.
Amanhã vou fazer as análises que fiz ainda não há duas semanas e depois resta-me esperar que a médica não se esqueça de mim, na reunião de dia 13 de maio. Se calhar ganhava mais se fosse a pé a Fátima, mas o Lumiar é mais perto...
Hoje perguntaram-me porque ia fazer este exame.
Voltei a contar a minha história, desde que tive sarampo, bla-bla-bla, Whiskas Saquetas, etc, etc.
Tem dores?
Sim.
Onde?
Desde as unhas dos pés, à ponta dos cabelos. Há dias (noites...) em que só consigo dormir quase sentado, com três almofadas e outras não durmo nem a fazer o pino.
Sinto-me melhor quando caminho, mas não dá muito jeito dormir em andamento. Mas a verdade é que já tenho adormecido a andar, tal é o atraso de sono que tenho.
Ah, só uma pergunta:
- Porque é que chove sempre que vou ao hospital?

E pronto, a minha vida é isto. Não consigo viver, não consigo pensar nem falar noutra coisa, enquanto não tiver uma conclusão. Acho que um terço dos últimos 14 anos da minha vida, foram gastos a "desgastar-me" com isto... exames, dúvidas, períodos a stressar, períodos a deprimir...
Hoje um velhote cagou-se todo na casa de banho, enquanto o filho na casa dos 40 anos, brincava com o telemóvel, na sala de espera, apesar de existirem vários avisos espalhados, a mandar desligar os mesmos.
Antes de chegar a este estado (cagar-me pelas pernas abaixo), mandem-me abater. As minhas cinzas tinham mais utilidade como adubo, do que um corpo que me mói o juízo e gasta recursos ao SNS e ao planeta.
Mal empregado oxigénio...