quinta-feira, 14 de maio de 2020

Eu a fingir que me preocupo com a vida dos outros

Não me lembro se já trouxe este assunto ao blog (tenho vindo cá tão pouco...), ou se foi no Facebook, mas faz-me confusão a relação de algumas pessoas (muitas pessoas) com a famigerada máscara.
Continuo sem perceber a razão que leva o pessoal a andar de máscara no carro, mas hoje vi uma ainda mais estranha: uma gaja (podia dizer uma rapariga, mas ela tinha mesmo aspeto de gaja de um bairro "manhoso" aqui da zona) a correr de máscara. Sim senhor, equipada com um fato de treino comprado na feira do Silvado (também conhecida como feira do Senhor Roubado, em Odivelas) e ténis a condizer, lá ia ela, toda embalada para a meta, com um açaime no focinho. Merecia uma medalha mesmo antes de cortar a meta, porque eu vejo-me à rasca para andar 50 metros com a máscara e ela ia a correr. O mais curioso é que ia numa estrada onde eu costumo fazer as minhas caminhadas e de "caminho" aproveito para fazer umas compritas no Pingo Doce do Strada (hoje fui de carro porque ameaçava chover) e naquele percurso de 2,5 quilómetros raramente me cruzo com alguém. Portanto, não há pessoas, não há contágio. Logo, não é preciso a porra da máscara. Além de que a dita cuja, ao fim de dois quilómetros de corrida, fica mais suada do que o rego do cu da gaja e a Diretora Geral de Saúde (aquela senhora incompreendida e mal-amada) está farta de avisar que a máscara depois de ficar húmida, perde eficiência.
Para além daquela maratonista açaimada, nas imediações do Strada, vi mais uma meia dúzia de pessoas de máscara.
Eu não sou especialista em vírus, mas pelo que tenho ouvido da boca das autoridades de saúde, o vírus precisa de pessoas para se reproduzir. Portanto, sem pessoas não fica muito tempo ativo. Morre ao fim de algum tempo, pelo que dificilmente se encontra numa estrada onde quase não passam pessoas a pé.
Quanto à questão do carro, acho que ir às compras e voltar para o carro com a máscara, aumenta a probabilidade de trazermos o vírus para o carro.
Eu tenho um esquema muito simples (se é eficaz, ainda é cedo para o afirmar).
Tenho várias máscaras (a Maria, que é administrativa numa empresa textil, faz máscaras para as costureiras eheheh) e nunca uso a mesma dois dias seguidos (até porque não vou às compras todos os dias e não ando na rua de máscara).
Saio de casa com uma máscara limpa/desinfetada dentro de um saquinho de plástico limpo, daqueles que, no LIDL, custam menos de 2€ o cento.
Só coloco a máscara à entrada do supermercado, faço as compras e quando regresso ao estacionamento, arrumo as compras e antes de entrar no carro tiro a máscara que volto a meter no saco de plástico, para que não entre em contacto com mais nada.
Antes de entrar no carro desinfeto as mãos com álcool gel e só depois sigo viagem.
Quando chego a casa, meto o casaco e os sapatos na arrecadação e borrifo as compras que se podem borrifar, com álcool ou vinagre branco, antes de arrumar nos armários ou frigorífico.
A seguir borrifava a máscara com álcool, mas há dois dias que mudei essa parte. Lembrei-me que tenho uma pequena máquina de vapor e em vez de álcool, dou um banho de vapor na máscara, nos sapatos e na roupa que fica pendurada na arrecadação até nova saída.
A seguir tomo um banho, visto o pijama ou um fato de treino de trazer por casa (não é da feira, mas é do LIDL eheheh).
Na próxima saída levo outra máscara limpa e repito tudo o que fiz na saída anterior.
Como as máscaras ficam vários dias penduradas ao ar, mesmo que algum vírus resista ao álcool ou ao vapor (que sai da máquina a 100º), acaba por morrer à fome. eheheh
Hoje até aproveitei o entusiasmo e gastei o resto do vapor a limpar o estore da cozinha. A Maria vai ficar toda contente, pois se há coisa que ela detesta fazer, é lavar os estores. E passar a ferro...
"Prontes", como podem ver o meu "covil" não está muito arrumado... é a minha segunda casa. eheh

2 comentários:

  1. Correr de máscara não deve ser mesmo nada agradável [e acho que não é o mais recomendado]. Quanto ao usar máscara dentro do carro, já ouvi algumas pessoas a dizerem que era para não andarem sempre a tirar e a pôr, correndo o risco de tocar com as mãos onde não devem.

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  2. A grande moda/tendência fashion da primavera e verão é a máscara.
    Deixa lá o pessoal aderir, nem que quinem sem ar.

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