terça-feira, 3 de julho de 2018

Férias em agosto...

No ano passado a Maria falou em irmos este ano aos Açores, mas ela este ano tem férias em agosto, o mês preferido do pessoal da ANA, ou da TAP, ou de quem mais está ligado aos transportes aéreos, para fazerem greve e eu, para ser franco, não tenho paciência nenhuma para apanhar secas. Preferia ir a nado, ou de bicicleta para os Açores, do que ficar retido num aeroporto. Além de que, em agosto, é tudo muito mais caro há magotes de gente em todo o lado e eu fui criado segundo as normas do Salazar, para quem mais do que duas pessoas já era um ajuntamento. Odeio manadas e rebanhos e uma ida ao Açores, onde não conheço ninguém, obriga-me a andar segundo regras e horários que não são os meus. Por isso em 2003 fui a Paris de carro. Alugámos um bungalow em Paris e levámos uma pequena tenda para a viagem (tão velha que a meio do caminho tivemos que ir comprar outra à Decathlon). Estivemos uns dias nos Pirenéus, outros na zona do Vale do Cher e passámos 7 dias na Cidade Luz, sem ter que enfrentar as demoras no aeroporto.

Portanto, decidimos deixar os Açores para um ano em que a gaja tenha férias em julho e ficámos sem programa. Até que em maio uma pessoa amiga da gaja (a médica que fazia medicina no trabalho na empresa e que tem sido mais que mãe dela nos problemas de saúde que foram aparecendo), se ia reformar e antes conseguiu convencer-me a aceitar a casa que tem no Algarve. Há mais de 20 anos que ela insiste em emprestar-nos a casa, mas eu achei sempre que era um abuso aceitar. Passei férias no Algarve muitos anos, os últimos dos quais em apartamentos alugados. Mas nunca quis "a casa da doutora" emprestada. A Maria não se importava porque a conhece há mais de 30 anos e tiveram sempre uma boa relação a nível pessoal e profissional. Mas eu não sou assim e gosto da minha independência, ainda que seja numa tenda de campismo. A senhora até fez uma proposta à minha Maria. Eu passava um cheque para pagar o suposto aluguer da casa e ela levantava o dinheiro e dava-o à gaja.

Mas "prontes", como este ano não tinha nada planeado e já não me sinto com coragem para ir acampar (nem imaginam as dores que tenho tido este "verão"...), decidi aceitar a casa e vou de borla para o Algarve. Ainda não decidimos se vamos uma ou duas semanas (até podíamos ir o mês todo, pois a senhora vai para a terra, numa aldeia da Beira Interior e a casa está vazia...), mas se a Maria não resolver armar uma discussão daquelas de me deixar a escoicinhar e desistir de tudo à última hora, vamos pelo menos uma semana.
Mas ainda não deixei de me sentir "um pendura"...

4 comentários:

  1. Se ela oferece, é porque faz gosto nisso. Por isso, aproveita sem esse sentimento de pendura :p
    Já não vou ao Algarve há anos, mas, confesso, não é dos sítios que mais me atrai para fazer férias (e em agosto ainda menos, também não sou dada a grandes confusões ahaha). Por outro lado, adorava ir aos Açores

    r: Ele sabe-a toda! Ninguém faz farinha dele ahahah

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  2. Aproveita pois, a sra se fez a oferta, porque não? :)

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  3. Olha que não estamos numa época de recusar bons negócios. Eu dizia que nunca iria alugar casa a colegas de trabalho mas este ano os pais de uma colega fizeram-me um bom preço numa zona que adoro e não consegui recusar. Pensa nos dias de descanso que vão ter!

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  4. Sabes o que te digo? Aproveita que aquilo pelo Algarve está pela hora da morte. Eu vou pagar uma pipa de massa por 5 dias....

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