quarta-feira, 22 de maio de 2019

Ansiedade também mata

Fiz tudo direitinho, como me mandaram. Fui a correr fazer o exame e as análises e não é porque goste de ser picado e "metido no micro-ondas". É porque não suporto a espera. É porque a incerteza me deixa a morrer de ansiedade. E do hospital não me dizem nada... nem me chamam para uma consulta prometida para depois da reunião do dia 13 de maio (não era com a santa...). Nada... deixam-me aqui a secar que nem um bacalhau da Noruega.

Ando desmotivado. Não tenho vontade nem para comemorar a derrota do Porto (sim, as vitórias do Benfica são-me indiferentes, desde que o Porto perca lolol). Ando com mais azia do que o Sérgio Conceição e não é por causa do futebol. É porque ando "encharcado" em "Diclofenaco" e ninguém me diz a origem destas dores horríveis que me atormentam o esqueleto, dia e noite.
Eu estou pronto para tudo, menos morrer de ansiedade.

Há dois tipos de medicamentos a que eu resisto sempre. Os anti-depressivos e os anti-inflamatórios, por saber que a lista das contraindicações é maior do que a dos benefícios.
Os primeiros não fazem parte do meu cardápio. Eu preciso é de me acalmar. Dos segundos há sempre uma caixa aqui no canto da gaveta da "drogaria", mas só os tomo quando já não aguento, quando as dores atingem níveis insuportáveis.
A noite passada dormi melhor, graças ao Voltaren. Mas eu sei bem que os efeitos colaterais do "Diclofenaco", são quase tão devastadores quanto o das bombas americanas no Iraque e tomo aquela merda com o sentimento de que estou a tratar da doença para morrer da cura. Aquilo é tão mau que até em gel lixa os rins e a mucosa do estômago. Além de que essa opção (gel), é impraticável para mim, a não ser que me "besunte" dos pés à cabeça.

Só há uma contraindicação que me dá alguma esperança. Estudos recentes comprovam que o "Diclofenaco" (e o Ibuprofeno também) aumentam o risco de paragem cardíaca, em doentes com problemas cardíacos.
Angina de peito é um problema cardíaco, não é?
Então, "Diclofenaco", estás à espera de quê?