Na semana passada fui ao hospital fazer um exame aos ossos. À minha frente estava um senhor muito velhinho, acompanhado pela esposa, igualmente velhinha e de muletas e por um objeto que me pareceu ser o filho, com ar de intelectual, na casa dos 40 anos.
Quando chamaram o senhor para o exame, a funcionária mandou-o ir à casa de banho, esvaziar a bexiga.
Entrou sozinho, agarrado com uma mão à parede e com a outra a uma muleta, com a esposa (por motivos óbvios) e o filho intelectual completamente alheios à necessidade de ajudar o velhote.
Tendo passado tempo suficiente para esvaziar uma dúzia de bexigas sem que o velhote saísse, a funcionária resolveu abrir a porta e foi encontrá-lo todo cagado, a lutar com a fralda que tinha ficado fora de controle.
Toda a gente naquela sala de espera percebeu que algo não tinha corrido bem, excepto a merda, porque essa sim, parece que correu bem e escorreu pelas pernas abaixo. Toda a gente percebeu, excepto o filho intelectual que continuou, impávido e sereno, a "brincar" com o telemóvel.
Há gente muito merdosa.
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