segunda-feira, 11 de maio de 2020

Em bicos de pés.


Esta é a postura típica de muitos portugueses necessitados do protagonismo que, por esta ou aquela razão, a vida não lhes deu e agora aproveitam todas as polémicas que a pandemia lhes dá, para se porem-se em bicos de pés. Passam a vida a cagar lamponas, mesmo que dois dias depois a realidade desminta todas as suas certezas e os faça bater com as fuças na sanita.
Para aquelas abéculas que andaram uma semana a falar no sucesso da República Checa no controle da COVID-19, perguntem aos checos como é que eles resolveram o problema da abertura das praias. Quando souberem venham aqui dizer-me, pois eu cá há dois meses que não prego olho a pensar onde é que este ano vou curtir os coiratos, sem infringir a regra das 4 pessoas por cada chapéu de sol. É que debaixo do meu chapéu só cabem dois, no máximo três.
Se calhar vou ter que adotar a gaja das bolas de berlim para passar um bocado do dia debaixo do nosso chapéu...
Também tenho uma solução para as criancinhas que não podem voltar às creches porque ninguém vai conseguir explicar-lhes que, ao contrário do que lhes tem sido ensinado ao longo dos seus dois ou três anos de vida, agora já não podem partilhar os brinquedos com os colegas. Mandem-nos para o Alentejo em grupos de 30 ou 40, à guarda de um pastor e dois Rafeiros Alentejanos. O ar puro nunca fez mal a ninguém.
Gostava de saber como é que os ingleses, durante os bombardeamentos a Londres, explicavam aos filhos, depois de passarem vários dias nos abrigos subterrâneos ou no metro de Londres, que aqueles montes de entulho era o que restava das suas casas.
Acho que grande parte do hooliganismo britânico, são resquícios dos traumas de guerra dos londrinos.

3 comentários:

  1. O Zé tem umas opiniões interessantes e soluções para alguns problemas.
    Gosto da sua maneira de escrever.

    Boa semana.

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  2. Ainda há tantas arestas para limar nesta questão do desconfinamento...

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  3. Demasiadas pontas soltas por tratar...

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