terça-feira, 19 de maio de 2020

Tou cá com uma "pedra"...

Vai para duas semanas que uma pedra das pedreiras de Vila Viçosa resolveu descer dos rins e instalar-se à entrada da bexiga. Deve ser uma entrada apertada, porque é a terceira vez que isto me acontece.
Tenho que beber muita água, mas não pode ser um balde de cada vez, porque se o canal (ureter) está entupido com a pedra, primeiro que aquela água toda passe do rim à bexiga, são dores do catano.
Das outras vezes andei à volta de 5/6 semanas a fazer ecografias e na última até fiz ultrasons, e a pedra acabou por sair sozinha. Agora nem arrisco procurar urologista. Não vale a pena... já sei que me vai mandar aguentar, porque não há medicação para isto.

Desde o dia 6 de maio que espero resposta a um e-mail que enviei ao hospital para saber a situação da minha consulta de pneumologia oncológica que tenho marcada para dia 28 de maio. Não é só pela eventual remarcação, mas também pelos exames complementares que, como é de prever, devem ter sofrido alterações. Não estou a imaginar aquele pessoal todo amontoado numa sala tipo taberna, sem a menor hipótese de afastamento, a marcar lugar desde as 7 horas, para fazer análises às 8 horas.
Para já e até que não me esclareçam, decidi dar-me alta da oncologia. Se ando há 15 anos a passar pelos intervalos da chuva, não vão ser mais uns meses que me matam. Mas estou a ficar ansioso com estas merdas... vejo a vida a passar-me ao lado e, na minha idade, não posso dar-me ao luxo de desperdiçar um dia, que seja, a encher chouriços.

O meu médico da ADSE está desaparecido e não fosse eu um gajo precavido e a esta hora estava em vias de ficar sem medicamentos. Neste caso valeu-me a Maria que é toda despachada em questões burocráticas e em dois telefonemas e um e-mail para o Centro de Saúde (onde não ponho os pés há quase 5 anos), conseguiu-me receita eletrónica para 6 meses.

Enfim, com esta história da pandemia, há ano e meio que não faço análises (era para ter feito em março) e vai para dois anos que não faço exame à retina, para ver se não estou a ficar cego pela diabetes.

Como se costuma dizer, elas não matam mas moem e no fim da pandemia, se tiver escapado ao vírus, há muitas hipóteses de lerpar com os "danos colaterais".

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