terça-feira, 8 de outubro de 2019

Falta pouco

É amanhã que vou fazer a pequena cirurgia de que falei outro dia, para a remoção de algumas marcas provocadas pelo sol. Ando meio apático, mas não estou com medo. Pelo menos aquele medo que provoca calafrios, que já senti noutras ocasiões. Estou apreensivo, sobretudo com o sinal da mão, que tem vindo a mudar de cor e tem um aspeto pouco amigável. Estou consciente do risco que este tipo de sinais representa, mas continuo estranhamente calmo e com aquele sentimento de impotência de que ninguém foge ao seu destino.
Amanhã é só a cirurgia e não sei quanto tempo vou esperar pelos resultados da anatomia patológica, os únicos que podem dizer o preço a pagar por caminhar ao sol, estupidamente, nas horas em que os UVs são mais intensos.
Seria uma grande maldade, depois de sobreviver quase 15 anos ao cancro do pulmão, ser impedido de chegar aos tão almejados 500 anos de vida, por um filho da puta de um sinal.
Resta-me a consolação de que os últimos 15 anos já não eram meus. Foi um empréstimo...

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